sexta-feira, 27 de junho de 2014

Tornando-se um líder!

Você sabe como atingir suas metas?

Quantas vezes estabelecemos metas que consideramos de suma importância, mas ao longo do caminho desistimos? Normalmente quando um novo ano começa, muitas pessoas elaboram um plano de metas, mas segundo pesquisas 70% destas metas mal sobrevivem as duas primeiras semanas do ano. Quanta euforia! E somos pegos de calças curtas pelos “maus” hábitos, falta de comprometimento e de uma visão realista entre as nossas necessidades primárias e o verdadeiro desejo – aquele desejo que vem da alma – tão fundamental.

Sugiro então um exercício encontrado no do Professor Robert Kegan da Universidade de Harvard e Lahey Lisa. Este exercício funciona porque ele expõe as nossas crenças mais profundas que minam nosso entusiasmo para cumprir as metas. Até porque muitas delas exigem que justamente provoquemos mudanças nas crenças e para isto saiamos da zona de conforto tão prazerosa e amada pelo ego.

Mas  pior que reconhecermos que precisamos mudar estas crenças é a dificuldade em reconhecê-las já que estão enraizadas no nosso inconsciente. Faça uma experiência: pegue um papel branco, dedique um tempo para responder a pergunta: Qual é objetivo com o qual estou realmente comprometido?

Então, o que é “fazer” e “não fazer”?  São ações e não-ações que frustram a realização das metas. Na maioria das vezes é o não fazemos que ocupa a maior parte do tempo. Por exemplo: não manter-se atualizado, não buscar “espelhos profissionais”, não acompanhar as tendências do mercado, não promover, não ativar seus contatos, não buscar melhorar seus pontos fortes e habilidades, e por ai vai!

Se observarmos com atenção esta lista de “não - fazer” vamos perceber que por trás delas existem alguns “objetivos ocultos” que inconscientemente se empenham em impedir a ação correta. Por exemplo: posso não voltar a estudar para que os outros não pensem que não sou realmente capaz. Mas subjacente a isto existe a necessidade de acompanhar de perto as novas técnicas ou conhecimentos do mercado. Mesmo que isto exija a dedicação de tempo (em que eu gostaria de estar fazendo outras coisas mais interessantes e o investimento financeiro necessário que eu poderia estar aplicando numa viagem de férias). Fazer um curso ou até mesmo um mestrado pode revelar a minha incompetência em determinados assuntos relevantes. Outro aspecto é a observação que expõe comprometimentos que devemos assumir, mas de fato não queremos ter nem por um único instante! Comprometa-se com o amor incondicional por si – mesmo, apesar de todos os seus defeitos e pontos fracos!

Que suposições você faz para manter-se firme na realização dos seus objetivos?  Por exemplo, se me proponho a fazer um mestrado, estou supondo que não tenho conhecimento específico sobre o tema da minha meta, ou querer melhorar ainda mais suas habilidades significa que você não é bom o suficiente. Então, quais são as premissas que você descobriu por si – mesmo?

E se você fez algum experimento e criou um novo pressuposto que seria realmente muito significativo para alcançar as suas metas?  Você pode reformular e dizer “Vou melhorar meus pontos fortes e minhas habilidades para melhor ajudar os outros a cumprir suas metas” ou “melhorar  a si - mesmo significa que você  pode oferecer uma experiência ainda melhor para sua equipe e ainda se divertir”.

Bem, então o que fazer? Faça uma lista das ações e experiências destes novos pressupostos e comece a agir já! E se dê um abraço bem apertado guerreiro, pela coragem de olhar de frente as crenças e hábitos negativos que estavam no inconsciente, agora você pode agir!
Ter amor incondicional por si – mesmo pode fazer de você um líder ainda melhor. Vamos supor que você tem um membro da sua equipe que na execução de um projeto muito importante comete um erro, e você simplesmente diz: “Eu não posso acreditar que você fez isso de novo! Que idiota!” e, quando ele quer tentar algo novo, você chega e diz: “Não tenho certeza se você deve realmente tentar. Lembre-se que você já falhou as ultimas centenas de vezes que tentou algo novo!”. Você deixaria seu amigo sofrendo?

Na verdade, quantas vezes mentalmente dizemos estas mesmas palavras a nós mesmos? Eu mesma já me critiquei inúmeras vezes e tantas outras disse a mim mesma: Você já tentou fazer diferente da outra vez, vai tentar de novo?

Amar-s e incondicionalmente é ser o seu próprio melhor amigo, amar-se independente de todos os seus defeitos, pontos fracos e falhas! Você mesmo pode aperfeiçoar-se até se tornar um líder cada vez melhor! Kristin Neff autora do livro “Self Compassion” ensina: “A Autocompaixão tem três componentes principais: bondade para com você mesma quando você falha, vontade de aceitar as próprias imperfeições, e foco em estar ciente de quando você precisa parar e praticar a compaixão para consigo mesmo!”

Uma das maiores barreiras para a autocompaixão é a nossa crença equivocada de que ser  gentil conosco mesmo nos fará gordo, feliz e complacente. Uma pesquisa sugere que na verdade, a autocrítica na verdade, prejudica a nossa capacidade de realizar as nossas metas.
Seguem cinco maneiras como  a autocompaixão pode nos tornar líderes ainda melhores:

1.       Expansão – Você deve expandir a sua capacidade de conscientemente presente.  Pode até se debater, chorar, resmungar quando descobrir um ponto fraco lembre-se que sua mente inconsciente é muito esperta e vai jogar duro para manter suas fraquezas escondidas de você.
Sua primeira inclinação é culpar os outros, o Universo quando alguma coisa dá errado em vez de aceitar a responsabilidade por seus próprios erros. Praticar a autocompaixão faz com que seja autoconsciente e responsável, você não vai se debulhar em lágrimas porque não pode ser o Presidente do Brasil ou ganhar um Oscar pela sua interpretação na sala de reunião nem uma medalha de ouro por que nunca chega atrasado no compromisso.
2.       Conexão – Você deve expandir a sua capacidade de se conectar com os outros. Uma componente chave da autocompaixão é a capacidade de aceitar a imperfeição em si – mesmo, esta capacidade de ser vulnerável ajuda a se conectar com os outros. Nossas imperfeições nos conectam com os demais porque nos torna capaz de permitir que os outros também revelem suas imperfeições.
Ao reconhecer os nossos pontos fortes e fracos podemos olhar para os outros e reconhecer quem pode complementar nossas habilidades e vice-versa. Esta é a razão pela qual as  equipes precisam reconhecer a diversidade de pontos fortes, pensamentos e experiências para se tornarem equipes empreendedoras de sucesso.
3.       Resilência – Você deve expandir a sua capacidade de ser resilente diante do fracasso. Um ditado importante: “A flagelação continuará até que a moral melhore.” Nós normalmente nos debatemos diante do fracasso. E nos perguntamos por que temos tanto medo de correr riscos ou sairmos da zona de conforto.  Todo crescimento acontece fora da zona de conforto, na nossa capacidade de recuperação diante do fracasso, de assumir riscos, de tentar novamente, tudo depende da nossa capacidade de sermos gentis conosco mesmo quando falhamos.
4.       Crescimento – Você deve expandir a sua capacidade de aprender a crescer. Kristin Neff fala sobre a diferença entre “metas de aprendizagem” versus “metas de desempenho”. Ela diz: “As pessoas que são autocompassivas querem aprender para sua própria causa. A pesquisa mostra que a forma mais sustentável de aprender e crescer, é aprender em causa própria em vez de aprender para apenas impressionar os outros.
5.       Felicidade – Você deve expandir a sua sensação de bem-estar, otimismo e felicidade.  Como líderes nosso senso de otimismo, energia e foco são infecciosos. Nós não só somos capazes de experimentar uma melhor sensação de bem – estar e auto-estima (independentemente dos resultados) conosco mesmo, mas também de criar ambientes que promovem esta cultura.
A pesquisa de Kristin Neff realmente mostra que podemos crescer cada vez mais com a autocompaixão.  Você deve prometer a si – mesmo que sempre será gentil consigo mesmo quando receber os resultados sejam eles quais forem.
Aqui estão três práticas de liderança para aumentar a sua autocompaixão.
1.  Diário: Tenha um diário, e nele anote todas as situações em que você experimenta onde a autocompaixão iria atendê-lo. Assim se tornará mais atento quando estas situações ocorrerem e então quando acontecer pode colocar este sentimento em prática. Também anote quando praticou com sucesso a autocompaixão, assim reforçará o hábito.

2.    Experiência: Pratique exercícios de autocompaixão diariamente. E anote seu progresso.
3.      Meditação: Pratique meditação Mindfulness ou Zazen diariamente, até que meditar faça parte da sua vida cotidiana. Mindfulness é uma releitura moderna das tradições antigas, principalmente budistas. Ela ajuda a lidar com as dificuldades do dia – a – dia colocando você no controle de sua própria mente.

Sonia Ap F Santos (Saleela Devi) é Coach para executivos, Professora de Meditação (Mindfulness, Zazen entre outras técnicas).

Este texto é baseado no artigo de Henna Inam – Coaching, Palestrante e Consultora. WWW.transformleaders.tv






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