quarta-feira, 21 de maio de 2014

Meditação ZAZEN

Curso de Meditação ZAZEN
Venha conhecer os benefícios da Meditação

A prática de meditação que estaremos ensinando neste curso é a Zazen. Esta prática meditativa influencia na consciência, nas sensações e nos pensamentos. Zazen é a volta às condições normais, à saúde do corpo, da mente e das emoções.
Zazen é uma técnica de meditação simples, mas fundamentada em princípios.   Todo mundo tem uma psicologia única, e por causa disso, certa práticas meditativas funcionam melhor para uns do que para outros. A meditação Zazen por outro lado atende às necessidades de todos de forma igual.  O que importa é como agir. Mestre Dogen afirmava que o ato deve preceder o pensamento.
Meditar trás o benefício de viver livre de suas próprias distrações mentais internas torna o praticante mais consciente do que está acontecendo ao seu redor, é ele quem controla a mente em vez de ser controlado por ela. A meditação Zen é um estado de objetividade ao invés de subjetividade. Aumenta a criatividade. A vida assume uma nova perspectiva.
Se você quer aprender a meditar ou quer aprofundar a sua prática, desenvolver  maior atenção plena, foco, aumentar sua capacidade de concentração, eliminar hábitos e comportamentos nocivos em seus relacionamentos profissionais e pessoais, pensamentos ruminantes, stress, ansiedade, insônia entre tantas outras dificuldades que influenciam inclusive em sua saúde física e mental esta é a oportunidade. Independente de sua crença religiosa aproveite a chance de aprender a prática meditativa que tem seus benefícios cientificamente comprovados em vários campos da saúde. Curso é apostilado. As apostilas são enviadas por e-mail.
Zen não é complicado para quem não tem preferências, ensinava Mestre Sosan O Terceiro Patriarca
Estamos formando três grupos, para atender as necessidades de todos os interessados.
1.      Turma de quinta feira à tarde – das 15h às 16.45h com inicio em 5 de Junho (10 vagas apenas).
2.      Turma de terça feira à noite – das 20.15h às 22h com inicio em 3 de Junho (10 vagas apenas)
3.      Turma de terça feira pela manhã – das 10h às 11.45h com inicio dia 3 de Junho (10 vagas)
Público Alvo: Profissionais das áreas de Recursos Humanos, Educação, Jurídica, Saúde. Para cuidadores, terapeutas, Executivos, Psicólogos e Psiquiatras, professores de Yoga. Para aqueles que passam por problemas de saúde com dores crônicas, déficit de atenção, depressão, stress, ansiedade. E para buscadores espirituais, praticantes de meditação.
Duração: 8 encontros semanais.
Valor do Investimento: R$ 900,00
Forma de Pagamento: Taxa de Inscrição R$ 100,00 (reserva de vaga, não devolvido em caso de desistência) descontado do valor do curso. Valor restante dividido em três parcelas (duas de R$270,00 e uma de R$260,00) pagos com cheque pré datados. Desconto de 10% para pagamento do curso á vista. Desconto de 5% para cada amigo pagante.
Local: Rua Dona Eponina Afonseca, 130 Chácara Santo Antonio Zona Sul SP/SP
Contato para mais informações:
Tel.: (11) 9 94635825 (Claro)
Facilitadora: Sonia Ap F Santos (Saleela Devi) é Coaching, Psicorepeuta, Analista Junguiana, Integral Therapist atua com técnicas modernas como Voice Dialogue Therapy, Self & Spiritual Couseling, Calatonia, Trance form Therapy, Psicologia Budista, Hipnose Ericssoniana, Regressão, Arte Terapia com Mandalas e Yantras, Mantra Terapia, Terapia Shamânica, Mindfulnees Meditation Therapy, Zen Therapy, PNL, Breath Therapy, Hatha e Ashtanga Yoga, Mapas de Desenvolvimento de Consciência entre outras para trabalhar autoconhecimento, auto-estima e autoconfiança, perdas, lutos, conflitos emocionais e profissionais, problemas de relacionamentos. Coordena grupos de estudos, cursos e workshops. Participa do Proser (Programa de Saúdem Espiritualidade e Religiosidade no Instituto de Psiquiatria da FMUSP/HC). Atende com hora marcada.
Cursos, grupos e workshops podem ser oferecidos em outros espaços e cidades e em empresas. Informe-se!
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segunda-feira, 19 de maio de 2014

Meditação Zen

História do Zen
Bodhidharma, monge budista indiano cruzou o Oceano Indico, aproximadamente em 520 dC. Em direção à China, onde se encontrou com o Imperador Amarelo dando início ao Ch’na. Tornou-se assim o primeiro patriarca chinês.
O Budismo já se encontrava na China, tendo até mesmo o Imperador Wu Ti (502 – 540) com um grande devoto. Patrocinou a construção de muitos mosteiros e templos budistas, sustentou Mestres de inúmeras seitas budistas. Acreditava que por entender os ensinamentos e patrocinar os templos deveria “merecer” um reino feliz e prospero e feliz e ter o privilegio de reencarnar em Terra Pura, onde ele acreditava que teria todas as condições de realizar a iluminação.
Por isto quando soube da chegada de Bodhidharma percebeu a grande oportunidade de se encontrar com um Mestre Iluminado. Conta-se que ao se encontrar com Bodhidharma, o imperador perguntou:
Tenho construído muitos templos, copiados inúmeros Sutras e ordenado muitos monges, desde que me tornei um imperador. Portanto, pergunto-lhe: qual é o meu mérito?
Nenhum! Respondeu prontamente Bodhidharma.
O imperador insistiu: Por que não tenho mérito?
Bodhidharma respondeu: Fazer as coisas para obter mérito tem um motivo impuro e só revelará o fruto mesquinho do renascimento.
O imperador, um tanto aborrecido, perguntou: Qual é o princípio mais importante do Budismo?
Ao que Bodhidharma respondeu: Um grande vazio. Nada sagrado!
O imperador ficou confuso com a resposta e indignado inquiriu: QUEM É ESTE QUE ESTÁ DIANTE DE MIM?
Bodhidharma respondeu tranquilamente: Eu não sei!
Bodhidharma percebeu que o imperador não entendeu nada e deu continuidade à sua viagem, cruzando o rio em direção a Shaolin, onde por nove anos meditou voltado para a parede de uma gruta.
Wu Ti contou a um de seus ministros sobre sua conversa com Bodhidharma, ao que o ministro perguntou: “Vossa majestade imperial sabe quem é esta pessoa?” O imperador não sabia. E o ministro disse: “Ele é o Bodhisattva da Compaixão, é o portador do selo do coração do Budha”. Arrependido o imperador mandou buscar Bodhidharma de volta à corte, mas seu ministro o advertiu: “Ainda que o mandasse buscar, ele não viria. Nem se todo o mundo, na China, fosse lhe pedir”.  E já neste tempo Bodhidharma atraia a cada dia um número maior de seguidores e com o passar dos anos confirmou Hui K’o como seu próximo sucessor do Dharma.
Assim nasceu um sistema contemplativo próprio dos chineses ligado aos ensinamentos de Lao T’su e de Ch’ung T’su (Taoismo). A maneira de viver é simples, profundamente associada ao Taoismo, seguindo o princípio Wu Wei (não fazer ou não esforço – no sentido de seguir as ilusões da mente). O Tao Te Ching começa assim:
O Tao que pode ser contado não é o Tao eterno.
O que não tem nome é o eternamente real.
Dar nomes é a origem de todas as coisas pessoais.
Livre do desejo, você compreende o mistério.
Apanhado em desejo, só vê as manifestações.
Embora mistérios e manifestações surjam da mesma fonte.
Esta fonte chama-se escuridão.
Escuridão dentro da escuridão.
Aporta de todo o entendimento.

A mistura da técnica indiana Budista com o Tao chinês de uma característica própria à meditação Ch’an. Ensina o terceiro Patriarca Hsin Hsin Ming:

O Grande caminho não é difícil.
Para aqueles que não têm preferências.
Quando amor e ódio estão ausentes.
Tudo se torna claro e indistinto.
Faça a menor distinção, entretanto,
E o céu e a terra serão infinitamente postos de lado.

Outro nome renomado do Budismo Ch’na é Hui Neng (Sexto Patriarca). Conta-se que se iluminou ao ouvir  um monge ler o Sutra do Diamante. Seu mestre ao perceber sua iluminação, o colocou para trabalhar na cozinha do mosteiro, temia uma indignação por parte dos monges mais velhos. Passaram-se oito meses até que o Mestre do Mosteiro teve uma idéia: anunciou durante uma reunião que se, algum deles pudesse compor uma poesia falando sobre a essência do Ch’na, ele lhe daria a “transmissão”, o manto e a tigela de sexto patriarca. Havia um favorito entre os monges, Shen Hsin, que escreveu o verso abaixo, sem assinar, na parede do mosteiro, tarde da noite:

Nosso corpo é a árvore Bodhi.
Nossa mente, um espelho brilhante.
Cuidadosamente nós os limpamos minuto a minuto.
E não deixamos nenhuma poeira ali pousar.

Quando os monges viram ficaram maravilhados e decidiram que nada melhor poderia ser escrito. Entretanto, Hui Neng, ao passar pelo corredor, perguntou pelo verso que seria lido para ele (ele não sabia que haveria um teste) e cantou seu próprio poema:

A árvore Bodhi não existe;
Nem sequer um espelho brilhante.
Já que tudo é vazio.
Onde pode a poeira pousar?

Todos ficaram surpresos, o Mestre reconheceu imediatamente o trabalho de alguém que entendeu verdadeiramente a essência da mente e apagou a poesia que estava escrita na parede, pois temia expor Hui Neng ao ciúmes do demais monges e também por lealdade a Shen Hsin.

Hui Neng foi então convocado para estar diante do Mestre naquela mesma noite. E dele recebeu o manto e a tigela (dizem ser as mesmas que pertenceram a Bodhidharma) e mandado para o Sul. E assim durante mais de quinze anos Hui Neng permaneceu no anonimato, até que seu Mestre decidisse pela hora de revelar quem era o Sexto Patriarca. Surgiram então duas escolas: Escola do Sudeste fundada por Hui Neng e a Escola do Nordeste fundada por Shen Hsin (que desapareceu mais tarde). Hui Neng teve quarenta e três sucessores, a escola fundada por ele foi a semente para o desenvolvimento das duas seitas Zen no Japão: Soto e a Rinzai.

Os ensinamentos da meditação Zen que vamos estudar, serão os da escola Soto, fundada no Japão pelo Mestre Eihei Dogen Kigen.

A Historia de Dogen e o Zen no Japão

Dogen nasceu em 1200. Depois de perder os pais ainda criança foi morar com um tio, que era um grande devoto do Budismo. A perda dos pais e a influencia do tio o ajudaram na decisão de tornar-se monge. E assim foi estudar com Myosen, no Mosteiro de kenninjo. E ali completou seus estudos na tradição Rinzai, recebendo o selo de mestre.





Porém não se sentia satisfeito, pois não havia encontrado a resposta para o seu dilema sobre o significado da vida. Tomou a decisão de empreender uma viagem muito arriscada para a China, era 1223. Lá estudou com Ju Ching no Mosteiro T’ien T’ung. Foi um treinamento duro, Dogen se dedicou à prática do Zazen noite e dia. Ju Ching ao pegar um monge cochilando durante a prática da meditação ensinou: “A prática do Zazen é o deixar cair o corpo e a mente. O que espera conseguir cochilando? Ao ouvir estas palavras, Dogen compreendeu a Iluminação, o olho de sua mente abriu-se completamente. Dirigindo-se para  a sala onde se encontrava Ju Ching, para confirmar se a sua iluminação era genuína, Dogen queimou um incenso e prostou-se diante do Mestre.
“O que você quer dizer com isto? Perguntou Ju Ching.
Eu experimentei o deixar cair o corpo e a mente, respondeu Dogen.
Ju Ching, vendo que a iluminação de Dogen era verdadeira disse:
Você realmente deixou cair o corpo e a mente!
Dogen, entretanto, insistiu em dizer:
Eu apenas acabei de compreender a Iluminação,
Não me aprove com tanta facilidade.
Eu não o estou aprovando facilmente.
Dogen, ainda insatisfeito, persistiu:
Em que você se baseia para dizer que não me aprovou facilmente?
Ju Ching respondeu:
Corpo e mente caíram!

Ouvindo isto, Dogen, prostrou-se perante o Mestre em profundo respeito e gratidão, mostrando que realmente havia transcendido sua mente discriminatória.
Texto extraído do Dogen Zen, por Yuho Yokoi