sexta-feira, 31 de maio de 2013

A Grande Mãe Cósmica
Mahadevi
Lendo e estudando diversos textos sagrados da Índia uma coisa pode ser facilmente observada, Mahadevi ou a Mãe Cósmica, a Grande Deusa pode ser considerada a Realidade Última do Universo. Ela é um poderoso ativo criativo feminino transcendente Ser. Enquanto Shiva, seu consorte é o Um sem Segundo, Aquele que fornece a semente, a Grande Deusa é o útero aonde tudo é gerado.
No Lalitha Sahasranama dá muitos nomes a Mahadevi, e em muitos deles encontramos o significado muito além da compreensão da consciência humana, como por exemplo, Jagatikanda (325) – a raiz do mundo; Visvadhika (334) é aquela que transcende o Universo; Nirupama (389) ela é aquela que não tem igual; Paramesvan (396) ela é a governante suprema; Vyapini (400) ela é aquela que permeia tudo, Aprameya (413) ela é a Imensurável, Visvagarbha (637) ela é aquela cujo seio contém todo o Universo, Sarvadhara (659) é a que dá apoio a todos,  SArvalokesi (758) ela é a governante de todos os mundos ou como Visvadharini (759) é a que suporta todo o Universo. A Ela são dedicados 1.000 nomes.
No Devi Bhagavad Purana, Ela é a mãe de todos. Ela permeia os três mundos, apoiando a todo os que Dela necessitam (1.5.47-50); Ela é a força da vida em todos os seres, a governante de todos (1.5.51-54); é a causa única do Universo (1.7.27), Ela criou Brahma, Visnu e Shiva e mandou-os executar todas as tarefas cósmicas (3.5.4); ela é o Supremo Conhecimento (4.15.12). Em todo o Devi Bhagavad Purana encontramos muitos nomes e frases exaltando – A com a posição da supremacia cósmica.

Ela é também Shakti – Feminino Primordial. Shakti é uma palavra sânscrita que significa – Poder, nos textos sagrados indianos, principalmente nos textos tântricos Shakti é a dimensão ativa da divindade, o poder divino que existe na capacidade de criar o mundo, o poder divino dentro da totalidade. Shakti é o pólo complementar que nos conduz à quietude e ao silencio divinos. O outro pólo pertence ao seu consorte – Shiva que representa o poder divino masculino ou Homem Primordial – Purusha. Os dois pólos têm natureza interdependentes, e podem ser vistos na imagem de Ardhaniswara.
No Samkhya Mahadevi é Prakirti (o Feminino Primordial) e Maya (a Ilusão). Dois de seus epítetos mais comuns podem ser vistos em Mulaprakirti (Matéria Primordial) e Mahamaya (Grande Ilusão). Ambos têm uma conotação negativa na Filosofia Samkhya de Kapila e nos Sutras de Patanjali. Exercícios de Yoga foram criados para reverter as tendências espontâneas de Prakirti para reproduzir e especificar-se. A busca pela libertação de Prakirti representa a busca pela própria liberdade do ser.
Da mesma forma, os textos sagrados, as Upanishads entre outros identificam Maya como a Deusa que nos impede de ver as coisas tais como elas realmente são. Maya é a força que sobrepõe os objetos da nossa própria ignorância sobre o mundo, obscurecendo a Verdade Suprema, levando-nos a uma existência de dor e sofrimento.
Por isso é imprescindível acordar para a Verdade das coisas tais como são, e isso envolve neutralizar ou até mesmo superar o poder de Maya, um poder que fundamenta na ignorância e na auto-obsessão. E o que libertação? No pensamento filosófico indiano, liberdade significa a transcendência do mundo encarnado, material, finito e da existência fenomenal. Viver neste mundo da existência dos fenômenos, sentindo-se como um ser individual é viver envolto em Maya.
Como Prakirti ou Maya, Mahadevi é a força cósmica que impulsiona até mesmo os Devas à inconsciência e sono, vivemos como se estivéssemos sonhando, sempre projetando nossas expectativas no passado morto ou no futuro inexistente. O que precisamos é na verdade encontrar as dimensões positivas de Prakirti ou de Maya e pararmos de nos preocupar com este mundo onde os fenômenos existem independentes de nós. Podemos dizer que Mahadevi é a própria Existência ou que Ela subjaz em todas as coisas existentes. Devemos parar de colocá-la como sendo um aspecto do mundo tal como o vemos, mas vê-la como o fundamento de todas as coisas existentes e inexistentes.
Porque quando a vemos como Ela realmente é, entendemos que Ela permeia o mundo fenomênico como Prakirti ou mesmo como Maya e pode assim expressar qualidades positivas. E isso acontece quando assumimos atitudes positivas em relação ao mundo, tratando o mundo positivamente como ele merece. Porque os textos sagrados nos ensinam que Mahadevi é o mundo, Ela é a criação, Ela é uma com todas as criaturas de todos os reinos existentes, Ela é a Criação. Identificar Mahadevi com a existência por si só é claramente adotar uma atitude positiva em relação ao mundo em que vivemos. Porque Ela é a  própria expressão da vida,e quando amamos e reverenciamos a vida, estamos amando e reverenciando Mahadevi.
Como Shakti, Prakirti e Maya a Grande Mãe é retratada como uma presença irresistível que transborda sua Energia, derramando seu Poder para toda criação, inundando o mundo com Sua vitalidade, energia e poder. Quando Mahadevi é identificada com estes pensamentos, então um ponto positivo está sendo feito: Devi cria o mundo, Ela é o próprio mundo e Ela anima o mundo com seu poder criativo. Ela é também a existência finita do mundo dos fenômenos, mas é também a fonte e a vitalidade de todas as criaturas. E assim podemos identificá-la como a Mãe, a Grande Mãe Cósmica. E quando reverenciamos seu incrível poder vital estamos reverenciando a vida em nós e em nosso mundo.
Já nos tempos do Advaita Vedanta, vemos Devi associada à Brahman O Absoluto. No Vedanta Brahman é a Realidade Última, e é descrito de duas maneiras: Como Nirguna é Aquele que não tem qualidades e está além delas e como Saguna é Aquele com qualidades.
Como Nirguna, Brahman é a Realidade Última que transcende todas as qualidades, categorias, divisões e limitações. Como Nirguna, Brahman transcende todas as tentativas de definição. Ele está além de tudo e de todo nome e forma (Nama-Rupa).
Como Saguna, Brahman é o princípio fundamental da existência, mas é também conhecido por suas qualidades e por sua manifestação em uma multiplicidade de nomes, formas, divindades, universos, mundos e seres. Como Saguna podemos vê-la em todas as divindades do panteão hindu. Como Saguna Ele é a essência unificadora que subjaz em todos os deuses e deusas. Cada divindade é vista como uma manifestação parcial de Brahman O Absoluto e que em ultima análise está além de todos os atributos que as especificam, concedem funções e qualidades.
Em muitos textos sagrados e principalmente nos tântricos onde Devi ocupa a posição suprema do panteão hindu Ela se iguala à descrição de Brahman. Existem dois pontos a serem considerados: 1) Ela é a própria Realidade Última e 2) Ela é a fonte de todas as manifestações divinas, tanto masculinas como femininas, mas especialmente as femininas.
Como Saguna Brahman, Mahadevi é considerada como a Rainha Cósmica, entronizada no mais alto ponto dos céus, tendo uma multiplicidade de divindades como súditos e é através deles que Ela governa os Universos Infinitos. Em muitos textos Ela é Naguna Brahman, e apesar das características femininas Ela está além de todas as qualidades, formas e nomes, muito além do masculino e do feminino.
Podemos reverenciá-La entoando com fé e devoção inúmeros Mantram, como o Gayatri – e talvez este seja seu maior presente a todos nós, devotos ou não; pois este é um Mantra muito poderoso e que nos conecta diretamente com Ela.
Podemos vê-La na beleza das flores, do pôr-do-sol ou nos raios da Lua. Nas estrelas que brilham no fundo escuro do Universo, podemos vê-La no olhar dos apaixonados e na alegria da cura. Mahadevi é Onisciente, Onipresente e Oniponte!

Referencias:
·         Shakti And Shakta – Sir Avalon
·         Meet a Goddess: MahaDevi - www.patheos.com

·         Seeking Mahadevi: Constructing the Indentities of the Hindu Great Goddess by Tracy Pintchman 

·         Songs for Siva: Vacanas of Akka Mahadevi (Sacred Literature Trust Series) by Shiva Prakash and Vinaya Chaitanya

·         Process to read Lalitha Sahasranamam - Tamil Brahmins - www.tamilbrahmins.com


·         Devi Bhagavata Purana - www.kamakoti.org

Os Três Selos do Dharma



 As Escrituras Budistas
Os Três Selos do Dharmma
Sidartha Gautama  - Budha, ensinava aos seus discípulos na forma oral, ele mesmo não deixou nada escrito, e este costume antigo perdurou por muitos anos após a sua morte. Se passaram mais de três séculos para que seus ensinamentos fossem escritos na língua Pali, idioma com que Budha transmitia seus dharshans e hoje estes escritos são conhecidos como Pali Canon.
O Pali Canon consiste em três seções conhecidos como Tipitaka ( Tripitaka, em sânscrito), que significa literalmente – três cestas.
1.      O Vinaya Pitaka – Conhecido como o Livro de Disciplina, nele encontramos as regras da vida monástica ensinada pelo Budha.
2.       O Sutta Pitaka – É uma coletânea de discursos do Budha. Além dos ensinamentos essenciais, tem a própria experiência de iluminação do Budha e instruções sobre comportamento moral e meditação. Aqui encontramos o Dhammapada.
3.      O Abhidhamma Pitaka – Os Ensinos Superiores; aqui encontramos uma análise complexa da natureza da existência física e mental.
Para mim, os principais conceitos da Psicologia Budista sobre consciência estão contidos nestes ensinamentos  - Três Selos do Dharmma. Na tradição da Escola  do Budismo Theravada, todos os fenômenos relativos à consciência possuem três características básicas, e estão no Canon Pali como:
1.      AniccaA característica da Impermanência – Em Pali - Anicca significa a ausência de continuidade ou ausência de permanência. A impermanência é uma característica universal e é aplicada a todos os fenômenos do Cosmos, até mesmo as nossas experiências sensoriais. Todos os fenômenos aparecem e desaparecem no seu devido tempo. Tudo passa por constantes mudanças, tudo tem um princípio, um meio e fim. Assim também acontece com a nossa consciência. A transitoriedade é um processo natural e facilmente observável. Como disse o sábio grego, nunca cruzamos a mesma água do rio.
2.      DukkhaA característica do Sofrimento – Em Pali – Dukkha – significa tristeza, dor ou sofrimento. De acordo com Budha, a vida é marcada por esta característica que se manifesta de diversas formas. Podemos vê-la na tristeza dos desesperançados, na dor da partida, no sofrimento dos abandonados só para citar. Passamos da tristeza para a alegria, da felicidade ao sofrimento num único instante independente do nível da consciência. A simples a esperança de um mundo melhor e prova de que há um sofrimento aqui e outro ali, parece que sempre estamos esperando alguma coisa melhor em alguma área da vida e isso vale para todas as classes sociais. Não existe ninguém que não tenha tido algum tipo de sofrimento na vida, pois existe até mesmo a dor de ver o sofrimento de outros. E o sofrimento foi visto claramente pelo Budha logo no inicio de sua juventude. O sofrimento acontece no mundo todo e não é privilégio de uma classe social ou raça humana, o sofrimento é uma característica intrínseca a todo ser senciente. Porém Budha ensina que existe uma alternativa – a cessação do sofrimento.
3.     Anatta – A característica do Não-Eu – Em Pali - Anatta – significa algo próximo à ausência de alma, o que no Ocidente poderíamos traduzir como: Não – eu. O ensinamento sugere que nenhum ser senciente possui um eu permanente e imutável. O que a psicologia ocidental chama de Self, para o Budismo nada mais é que um complexo de formações mentais em constante mudança. E para Budha, Manas ou a consciência onde as formações mentais acontecem se apresenta como auto-imutável e permanente é a causa de muito sofrimento. Para o terceiro Selo cada evento que acontece em nossa vida é inevitável e incontrolável. E a grande maioria dos seres humanos responde aos eventos de forma automática, o que gera muito sofrimento. Porém Budha também ensina que não existe nenhum evento premeditado, nada está definido anteriormente.
O que nós somos e o que nos acontece são determinados pelo pensamento no momento presente, pelas formações mentais que surgem à medida que regamos suas sementes contidas em nossa consciência armazenadora, pela quantidade de energia que colocamos, mesmo que de forma inconsciente.
O Budismo da Escola Theravada ensina que um ser humano é uma energia em fluxo contínuo; a sua manifestação inclui os elementos mentais e físicos. A vida é um fenômeno psicofísico temporário. O surgimento de um estado psicofísico está condicionado por vários estados causais anteriores, e é a força da energia karmica de cada ser humano que une estes elementos. Assim este fluxo ininterrupto de fenômenos psicofísicos condicionado pelo karma, que não se limita somente a esta vida, tem sua origem no passado e terá continuidade no futuro. É a crença em uma alma imortal e a esperança em um paraíso no céu que mantém o ser humano num modo de vida automático, carregado de sofrimento, tristeza e dor que parecem não ter fim.

Referencias:
·         The Dharma Types: Secrets of the Five Ancient Castes that will Transform Your Life – Simon Chokosky –

·         Tantric Ethics: An Explanation of the Precepts for Buddhist Vajrayāna Practice - Tsong kha pa blo bzang

·         The Three Dharma Seals - www.abuddhistlibrary.com



sexta-feira, 24 de maio de 2013

As Seis Perfeições

As Seis Paramitas
Um guia prático para a Meditação do Budismo Mahayana
As Seis Perfeições ou Seis Paramitas, são guias para a prática meditativa do Budismo Mahayana. São virtudes a serem cultivadas para fortalecer a prática e levar o ser à Iluminação.
As Seis Perfeições descrevem a verdadeira natureza de um Ser Iluminado, ou seja,  estas Seis Perfeições são a nossa verdadeira natureza. Ao estudá-las pode parecer que estamos falando das Perfeições de outra pessoa, que as possuímos, mas as perfeições estão obscurecidas pela nossa ilusão, ira, ganância e medo. À medida, que nos dedicamos a cultivar essas Perfeições, passamos a expressar a nossa verdadeira natureza.
Origem das Paramitas
Existem três listas diferentes de Paramitas no Budismo. Existem as Dez Paramitas do Budismo Theravada. O Budismo Mahayana listou seis a partir dos Sutras Mahayana, o que inclui o Sutra do Lotus e o Sutra da Grande Perfeição na Sabedoria (Astasahasrika Prajnaparamita).
É neste ultimo texto que u m discípulo pergunta ao Budha: “Quantas são as bases para o treinamento daqueles que buscam a Iluminação?” Ao que Budha respondeu: “Existem seis: Generosidade, Moralidade, Paciencia, Energia, Meditação e Sabedoria”. Mais tarde, monges do Budismo Mahayana acrescentaram mais quatro perfeições: Meios Hábeis (Upaya), Aspiração, Poder Espiritual e Conhecimento – para totalizar Dez Perfeições. Mas a lista mais encontrada é a lista com Seis Perfeições.
 As Seis Perfeições na prática
 Seis Perfeições estão interconectadas, mas a ordem das Perfeições é muito significativa. Por exemplo, as três primeiras Perfeições – Generosidade, Moralidade e Paciência – são praticas normais de qualquer ser humano. As três últimas – Energia ou Zelo, Meditação e Sabedoria – são mais específicas para os praticantes espirituais mais avançados.
As Seis Perfeições
1.     Dana Paramita – Perfeição da Generosidade
Os textos budistas ensinam que esta Perfeição é a porta de entrada para o Dharma. Generosidade é o começo do Caminho do Bodhicitta, ou seja , o desejo de realizar a Iluminação de todos os seres, o que é extremamente importante na Escola Mahayana.
Dana Paramita é a verdadeira generosidade do espírito. É dar pelo desejo sincero de beneficiar os outros, sem expectativa de recompensa, reconhecimento, gratidão ou acumulo de mérito. Não é nenhum ato egóico. Aquele que faz uma caridade para “sentir-se bem consigo mesmo” não pratica a verdadeira Dana Paramita.
2.     Sila Paramita – Perfeição da Moralidade
A Moralidade do ponto de vista budista não é a obediência inquestionável a uma lista de regras. Existem no Budismo os Preceitos, que servem para nos guiar ao nosso próprio equilíbrio. Um Ser Iluminado é aquele que responde corretamente a todas as situações sem ter consultar um código de regras.
É na prática de Sila Paramita que desenvolvemos o Altruismo ou Compaixão. Quando praticamos a Sila Paramita acabamos por desenvolver também a renúncia e assim naturalmente também amenizamos o nosso Karma.
3.     Ksanti Paramita – Perfeição da Paciência
Ksanti quer dizer paciência, tolerância, resistência ou compostura. Literalmente significa – capacidade de suportar. Existem três dimensões de Ksanti: 1) A capacidade de suportar as dificuldades pessoais, 2) Paciência para com os outros seres e 3) Aceitação da Verdade.
Adquirimos a Perfeição da Paciência com a aceitação das Quatro Nobres Verdades, portanto, aceitamos a verdade do sofrimento (Dukkha).  Quando praticamos a Perfeição da Paciência desviamos a tenção que damos ao nosso próprio sofrimento para o sofrimento dos outros.
Aceitar a Verdade significa aceitar as verdades difíceis sobre nós mesmos – significa buscar no autoconhecimento a nossa ganância, a crença na mortalidade, o apego aos nossos sentimentos e/ou bens matérias etc. – e também aceitar a verdade da natureza ilusória da nossa existência.
4.     Virya Paramita – Perfeição da Energia
Vyria é uma palavra sânscrita que quer dizer Energia ou Zelo. Também significa herói. Vyria Paramita é sobre tudo a Perfeição da coragem, é fazer o heróico esforço para atingir a Iluminação.
Praticar a Vyria Paramita, significa primeiro desenvolver o nosso próprio caráter e obter coragem. É aqui que buscamos a perfeição espiritual e então dedicamos nossos esforços de forma destemida para o benefício dos outros.
5.     Dhyana Paramita – Perfeição na Meditação
Dhyana é uma palavra sânscrita que quer dizer meditação é também o sétimo Anga dos Sutras de Patanjali. No Budismo Dhyana é uma disciplina destinada a cultivar a mente. Nesta disciplina é necessário o desenvolvimento de uma grande concentração para conseguir maior clareza e compreensão.
Intimamente relacionado com Dhyana está o Samadhi, momento em que o senso de “eu” é destruído. Existem níveis diferentes de Samadhi. Dhyana e Samadhi são então os fundamentos da Sabedoria.
6.     Prajna Paramita – Perfeição da Sabedoria
No Budismo Mahayana, Sabedoria é a realização direta e íntima do estado de Shunyata ou o estado da Vacuidade. É o ensinamento máximo de que todos os fenômenos são sem auto-essência.
Prajna é a perfeição final que inclui todas as outras. Se Dana é a porta de entrada do Dharma, Prajna é a realização e as outras são formas alternativas (A Prática da Perfeição – Robert Aitken Roshi, p. 107)
Quando estudamos os ensinamentos de Prajna, o significado de Shunyata fica evidente e entendemos a sua importância  para o Budismo.
Mas é importante entender que a Sabedoria do qual estamos falando não é o intelectual. Não é o conhecimento adquirido pelos livros mas pela prática das outras Perfeições.

 Reeferências:
- As Seis Perfeições - Como Atingir o Bem Estar Supremo - S. Ruth Ed Martins Fontes
- Tradução - The Six Perfections- Barbaro O'Brien


quarta-feira, 22 de maio de 2013


KUAN YIN –
DEUSA DA COMPAIXÃO E DA MISERICORDIA
Para mim, a Deusa é uma só, mas se manifesta entre nós de muitas formas, com muitos nomes e símbolos, para assim poder atender ás múltiplas necessidades de seus filhos, sempre presente de acordo com as nossas crenças.
Kuan Yin ou Quan Yin é uma de suas manifestações. Sua primeira manifestação é no Oriente com lendas na Índia, China, e Japão onde é conhecida como Deusa Kannon e muitos outros locais. Vou aqui fazer um resumo para incentivar a pesquisa sobre a devoção nesta manifestação divina, que muitas bênçãos e dádivas já concedeu a mim e à minha família, uma forma singela de agradecimento.
Antes de tudo uma consideração deve ser feita – Kuan Yin é uma Bodhisattava – um ser que viveu como nós; teve uma vida dadivosa, compassiva e devota. Ao fazer a passagem este ser não precisa mas reencarnar podendo se fundir com a Clara Luz da Realidade, mas por amor à humanidade e por compaixão ao sofrimento humano, pede para ficar. Ficar entre nós, mas sem o corpo físico; sempre pronta a atender às suplicas daqueles que lhe pedem com fervor e devoção. Assim aconteceu com Miao Shan.
Conta a lenda que Miao Shan era uma princesa muito bonita e com um saber que superava a normalidade de sua época, era a filha caçula do rei, quando ela nasceu seu corpo  brilhava com uma luz quase sobrenatural, parecia que o palácio estava envolto em chamas. Seu nome Maio Shan significa – Bondade Maracilhosa.
Quando criança Miao Shan somente gostava de usar roupas velhas e sujas, não gostava se enfeitar como acontecia com suas irmãs mais velhas. Passava o dia com apenas uma refeição, e quando conversava expunha sua sabedoria sobre a impermanência dos bens materiais, e sobre o sofrimento humano com a velhice, a doença e a morte. Preocupados com o comportamento da filha, seus pais decidiram casá-la.
 O rei já havia casado as duas filhas mais velha, com noivos de sua escolha e queria fazer o mesmo com Miao Shan. Ao que ela prontamente respondeu: “Pensei muito sobre o assunto do casamento, e detesto a idéia! Eu não quero viver uma vida de prazeres mundanos.”
Seus pais insistiram tanto que Miao Shan, mas impôs condições para aceitar se casar, seu futuro marido deveria libertá-la dos seguintes sofrimentos:
1-   Quando uma pessoa é jovem, sua pele é clara como a Lua, mas quando envelhece, o cabelo fica branco e a pele enrugada, e em qualquer que seja a situação, em qualquer sentido esta pessoa fica pior do que quando é jovem;
2-   Quando uma pessoa é jovem seus membros são fortes e vigorosos, a pessoa é livre para ir aonde quiser; mas quando ela envelhece, fica doente e confinada na cama;
3-   Quando uma pessoa é jovem, pode ter muitos parentes e um grupo de amigos que a rodeia a onde quer que vá. Mas, quando a morte chega, nem os parentes nem os pais e irmãos podem ocupar o seu lugar.
Finalmente Miao Shan concluiu: “Se de fato, meu futuro marido poder garantir a minha libertação destes três infortúnios, terei prazer em se casar com ele. Caso contrário, eu me comprometo a continuar solteira por toda a minha vida. Sei que pessoas do mundo todo estão atoladas nestes sofrimentos, mas se alguém desejar liberta-se deles, a única opção é deixar este mundo secular e entrar pelo portão de Budha”.
Desesperado pelo comportamento da filha, o rei convocou uma freira muito velha e experiente de seu reino. Ele pediu-lhe que levasse a princesa sob sua tutela ao convento e a expusesse ao máximo de sofrimento que fosse possível, de modo a ensinar-lhe a futilidade do caminho por ela escolhido. A ordem era de aniquilar os pensamentos de Miao Shan em sete dias.
Miao Shan foi submetida a todas as agruras que se possam imaginar, desde o trabalho braçal às mais duras tormentas. Mas nada foi suficiente para impedir Miao Shan de seguir o caminho do Dharma. Sabendo que os habitantes do convento estavam sob ameaça de morte se denunciassem seu sofrimento fora do convento, ela disse:
“Vocês não conhecem as histórias sobre o antigo príncipe Mahasattva, não sabem que ele caiu num penhasco, a fim de alimentar leãos famintos? Ou que o rei Sivi cortou sua própria carne para salvar uma pomba? Desde que vocês devem considerar que a vida neste mundo de matéria é uma ilusão e é impermanente. Porque vocês tem tanto medo da morte e do sofrimento? Não sabem que o apego este corpo sujo e fedorento é um obstáculo?”
Passado a prazo determinado pelo rei, ele procurou saber se Miao Shan havia mudado de idéia. Ao saber que a filha estava ainda mais convicta de seus ideais ele ordenou que ela fosse decapitada. Miao Shan ao saber da sentença de morte decretada pelo pai correu em direção de seu carrasco, se ajoelhou diante da fogueira enquanto ele levantava a espada mortal.
Um trovão ensurdecedor cortou o céu e antes que qualquer pudesse se recuperar do susto um tigre saiu da escuridão e carregou Miao Shan com ele até as colinas próximas. O rei, tomado pela fúria, ordenou que toda a ermida fosse queimada incluindo seus habitantes.
Seu mau karma logo o levou a uma grave doença. O rei não encontrava descanso. Médicos de todos os lugares vieram, mas ninguém conseguia curá-lo. Certo dia um homem santo veio até o palácio e previu: “Se alguma pessoa estiver disposta a doar seus braços ou seus olhos sem a menor raiva ou ressentimento para fazer um elixir, este elixir será poderoso o suficiente para aliviá-lo do sofrimento”.
“Onde infelizmente, vou encontrar alguém, assim tão misericordioso?” lamentou o rei. “Em seu próprio reino” disse o homem santo. “Vá para o Sudoeste, no topo da montanha há um eremita que possui todas as características que são necessárias para fazer o elixir que irá curá-lo”.
Tão logo o rei ouviu a mensagem do homem santo, ordenou aos súditos que se apressassem em levá-lo ao topo da montanha. Ao ser informado da situação do rei e do remédio prescrito, o eremita prontamente concordou em submeter-se ao sacrifício supremo. Porém pediu ao rei que direcionasse sua mente para os três tesouros do Budismo, e em seguida muito calmamente começou a preparar-se para ter os braços cortados e os olhos removidos. Neste mesmo instante os três mundos tremeram sob o impacto de tremendo sacrifício.
Quando o rei se recuperou, apressou-se com sua esposa para organizar uma homenagem para aquele que com tanta bondade e compaixão salvou sua vida. Curvaram-se diante do corpo mutilado, em forma de reverencia. Mas ao levantarem suas cabeças e olharem para a verdadeira identidade do eremita que revelava à sua frente, deram gritos de horror e espanto. O eremita não era outro ser senão a filha mais nova, Miao Shan.
Tendo a real noção do que a filha havia feito por ele, apesar de toda a condenação sofrida pelos próprios pais, o rei prostrou-se no chão e pediu perdão à filha. Tomado pela emoção o rei disse “Estou tão mal, eu causei o maior sofrimento a minha própria filha, fui terrível”, ao que Miao Shan respondeu: “Pai, eu não sofri nenhuma dor. Tendo desistido dos meus olhos humanos, eu adquiri olhos de diamante. Tendo cedido meus braços mortais, vou receber braços de ouro. Se a minha vocação é a Verdade, tudo se seguirá conforme o Dharma.”
Depois da experiência intensa o rei voltou ao palácio e pediu que fizessem uma estátua da filha, e para que todos se lembrassem de seu sacrifício supremo, ela não deveria ter olhos e nem mãos. porém como o som para “privado” ou “deficiente” é praticamente idêntico com a palavra “mil”, o escultor que estava longe e desesperado para cumprir com os desejos do rei, esculpiu uma estátua com mil braços e um olho em cada palma da mão. A estátua era impressionante, de um esplendor de tirar o fôlego. Assim nasceu a devoção a Miao Shan que se tornou Kuan Yin.
Este conto resume o ideal sublime de Kuan Yin – excelência no auto-sacrificio, motivação pura (altruísmo) e compaixão indiscriminada. Ser capaz de cortar a própria carne para aliviar uma alma aflita.
A devoção a Kuan Yin é muito simples. Entoam-se os mantras por no mínimo um Japa (108 x). procure entoar os mantras mentalmente, pois o poder do mantra aumenta e chega a sair fora da aura, mantras entoados em voz audível perde muito de seu poder.
Para tanto procure criar um ambiente ou canto sagrado na sua casa. Tome banho e vista roupas limpas, tire um tempo para fazer uma reflexão sobre seus desejos e necessidades, respire profundamente e faça uma pequena meditação, ou contemplação em uma imagem de Kuan Yin.
Alguns mantras:
NAMO LIU KUAN YIN YANG - Homenagem ao sagrado nome de Kuan Yin, aquela que regenera o trauma, traz luz e calor.

NAMO CH’IH KUAN YIN CHING - Homenagem ao sagrado nome de Kuan Yin que contém ensinamentos que trazem sabedoria, a que auxilia nos estudos de todos os tipos.

NAMO YUAN KUANG KUAN YIN -  Homenagem ao sagrado nome de Kuan Yin que ilumina e salva.

NAMO KUAN YIN YU HSI – Homenagem ao sagrado nome de Kuan Yin que traz alegria, felicidade, luz, risos e fortuna.

NAMO YI PAI KUAN YIN – Homenagem ao sagrado nome do manto espiritual de Kuan Yin, o manto que nos torna intocáveis. Excelente para tempos de perigo e também para cura de crianças.

NAMO MOWO KUAN YIN – Homenagem ao sagrado nome de Kuan Yin, traz o despertar, a expansão da consciência e a iluminação.

NAMO YAO SHIH KUAN YIN – Homenagem ao sagrado nome de Kuan Yin que traz os remédios para todos os problemas de saúde, para abençoar a água e os medicamentos.

NAMO KUAN YIN YU LAN – Homenagem ao sagrado nome de Kuan Yin que traz fartura, colheita e trabalho.

NAMO TE WANG KUAN YIN – Homenagem ao sagrado nome que traz méritos e virtudes. Deve ser feito de manhã e à noite todos os dias.

SHUI ON MO-YUEH KUAN YIN. - Homenagem ao sagrado nome de Kuan Yin da lua e da água.  Aquela que traz governa a intuição dos signos de água, abençoa a água, traz a visão psíquica, amor, inspiração, regula os ciclos femininos e do sistema linfático.

NA-MO I KUAN YIN YEH. - Homenagem ao sagrado nome de Kuan Yin que traz a humildade, a simplicidade, rapidamente tira a sua energia, deve ser praticado de joelhos ou em uma posição de respeito.

NA-MO CHING CH'ING KUAN YIN.  - Homenagem ao sagrado nome de Kuan Yin que é azul na garganta. Traz fala fluida, a verdadeira paz na reclusão. 

NA-MO TE WEI KUAN YIN.  - Homenagem ao sagrado nome de Kuan Yin poderosa e virtuosa. Louvar Kwan Yin, pode –se fazer sempre, traz virtudes e força. 

NA-MO YEN MING KUAN YIN.  - Homenagem ao sagrado nome de Kuan Yin que dá vida longa (longevidade).  Recomendo que seja feito junto com o mantra da Tara Branca pedindo saúde, beleza e virtude juntos. Esta prática faz milagres na vida de cada pessoa.  

NA-MO PAO KUAN YIN CHUNG.  - Homenagem ao sagrado nome de Kuan Yin que traz vários tesouros. Mantra da abundância, mas, principalmente, a partir das ondas de boas virtudes.

NA-MO YEN KUAN YIN HU.  - Homenagem ao sagrado nome de Kuan Yin que vive como eremita na caverna e traz um profundo entre em contato com seu eu interior, com a terra e como a Gruta de Nossa Senhora, traz milagres de todos os gêneros, pode ser sempre feito para qualquer situação. Auxilia no contato com o mestre interior de cada um.

NA-MO NENG KUAN YIN CHING.  - Homenagem ao sagrado nome de Kuan Yin, aquela que acalma. Pela paz, calma, serenidade. Deve ser o primeiro mantra a ser entoada antes da meditação, porque sem serenidade completa, não se pode iniciar a prática meditativa.

NA-MO-NOU KUAN YIN.  - Homenagem ao sagrado nome de Anu Kuan Yin. A Kwan Yin do Rio Anu, que nos ensina a abandonar a vida. Traz o poder de transmutar tudo com amor, transformando toda a realidade. É um mantra de transmutação por excelência.

O NA-MO-MO-TI KUAN YIN.  - Homenagem ao sagrado nome de Kuan Yin a destemida. Traz força, proteção, coragem, remove a ilusão de perigo e medo por toda parte. 

NA-MO YEH I KUAN YIN.  - Homenagem ao sagrado nome de Kuan Yin do manto de folhas.  Ele nos ensina a lidar com as forças da natureza, contar com elas, e observar o tempo respeitar e conhecer as leis cósmicas. É um mantra de meditação e contemplação, deve ser feito em retiros, às vezes, precisamos observar tudo com distanciamento e sabedoria. 

NA-MO LIU LI KUAN YIN.  - Homenagem ao nome sagrado Vaidurya. 
Esse é um mantra de cura e deve ser usado com um cristal, meditando sobre um Lápis Lazuli ou com a imagem do Buda da Medicina. Deve ser feito em hospitais e postos de saúde, por curadores e doentes. Traz curas milagrosas.  Mantém a saúde através da remoção da ilusão que causou a doença.


IN MO-LO-TO KUAN YIN- Homenagem ao sagrado nome de Kuan Yin Mãe da salvação.  Este é o Mantra da Grande Mãe, o aspecto feminino de divindade e pode ser praticado a qualquer momento. Em rituais é o primeiro a ser feito. Para despertar o feminino dentro de cada um.

NA-MO KE LI KUAN YIN.  - Homenagem ao sagrado nome de Kuan Yin.  Este mantra nos traz a abertura partes fechadas de consciência, bem como das pessoas e situações que parecem fechadas, traz a descoberta de tudo que parece ruim traz lições valiosas, como pedra que transforma pérola.  Permite que conheçamos o porque de cada situação.

NA-MO KUAN YIN LIU SHIH. - Homenagem ao sagrado nome de Kuan Yin das seis horas. Este é o momento da consagração das almas, mesmo no cristianismo. É este mantra que pode ser feito quando alguém está prestes a ou já desencarnou e escolheu Kwan Yin  como guia. Ele também nos coloca em contato com a onisciência e onipresença de Kwan Yin, quando sabemos que só agora é o momento certo de criar, e que o tempo tem o efeito do Universo. 

NA-MO P'U PEI KUAN YIN.  - Homenagem ao sagrado nome de Kuan Yin universalmente compassiva. Este é o mantra que nos dá a sabedoria da relação entre o céu e a terra. Ensina-nos que devemos perseverar com a prática, a fim de iniciar o caminho de aprendizagem como ser iluminado.  Seguir sem parar e que a compaixão é uma das formas perfeitas para a iluminação de Buda. 

NA-MO LANG MA FU KUAN YIN.  - Homenagem ao sagrado nome de Kuan Yin esposa de Ma-Lang.  Este mantra nos convida a demonstrar o caminho para a consciência superior. Ele ensina o discernimento de espíritos e nos prepara para compartilhar nossas descobertas com outras pessoas.

IN MO-HO CHANG KUAN YIN. - Homenagem ao sagrado nome de Oração de Kuan Yin. Esta imagem representa a dedicação de uma vida inteira por um caminho espiritual. Ela nos ensina sobre a devoção e os dons do Espírito Divino. Traz o poder da oração consciente, que é infinita. Para orar quando precisamos de algo ou rezar por uma pessoa ou situação complicada. É um mantra poderoso para nos ajudar sempre. 

JU-ON MO I KUAN YIN. - Homenagem ao sagrado nome de Kuan Yin da unidade. Este mantra representa a harmonia. Ela nos ensina a superar a vibração deste mundo e tentar manter o foco no aparecimento de energias negativas. Traz unidade com a fonte universal e sabedoria (obrigatório) lembra que tudo está interligado e que pertencemos a uma unidade maior. Para reunir o que foi separado. 
NA-MO PU ERH KUAN YIN.  - Homenagem ao sagrado nome de Kuan Yin da não-dualidade. Este mantra promete proteção contra energias negativas. Ela nos ensina a suspender o julgamento. Remova a ilusão e cura a nossa sombra. 

NA-MO CH'IH LIEN HUA KUAN YIN. - Homenagem ao sagrado nome de Kuan Yin que segura uma flor de lótus.  Mantra de Bodhisattva que promete sempre reencarnar até que todos os seres sencientes estejam fora da roda do sofrimento e da ilusão. Ensina que a iluminação está em nossas mãos. Excelente para meditação.

NA-SA SHUI MO KUAN YIN. - Homenagem ao sagrado nome de Kuan Yin da água pura. Fala sobre o estado iluminado do ser e da pureza. Traz a compaixão imaculada. A luz, a perfeição (que é sempre perfectível um eterno movimento, juntamente com a própria evolução do universo). Eu recomendo que seja sempre  feito no final de um Saddhana de cura. 

NOVENA MILAGROSA DE KWAN YIN
Você necessitará de um copo ou jarra com água para ser consagrada na finalização da pratica diária da novena. 

Eu (diga seu nome), invoco agora a Amada Presença de Deus Pai-Mãe, o Cristo Cósmico, o Espírito Santo, Meu Eu Superior, Minha Divina Presença EU SOU, o Mestre Saint Germain e todos os Anjos e Arcanjos da Poderosa Chama Violeta, os Mestres do Conselho Kármico e a Chama da Misericórdia Divina, o Conselho de Manifestação, o Mestre Kuthumi e todos os Anjos e Arcanjos da Chama Dourada da Sabedoria e da Iluminação, os Cinco Dhyani Budhas, os Mestres da Ordem do Manto Dourado, todos os meus Anjos, Guias e Mestres a Serviço do Cristo e em especial eu invoco agora a presença da Bem Amada Mãe Kwan Yin para me ajudar a Manifestar as Graças e as Bênçãos desta Novena Milagrosa em minha vida aqui e agora.


Bem Amada Kwan Yin
Invoco Tua soberana Luz
Divina Joia do Lótus Sagrado
Habitai meu Coração.

Divina Deusa do Amor
Resplandece Tua Divina luz em meu caminho
Ilumina meus passos
Bem Amada Mãe de Misericórdia.

Sagrada Mensageira da Compaixão Divina
Despertai Tua Divina Luz em meu coração
Transforma meu mundo com Tua Divina Benção
Compadece-te de mim Divina Mãe.

Divina Joia do Lótus
Fazei de mim instrumento de Tua Compaixão
Que vossa Divina Misericórdia
Resplandeça em meu coração hoje e sempre.

Divina Mãe Kwan Yin
Eu reverencio Tua Divina Compaixão
Que flui em meu coração na forma
Da Divina e Eterna Canção:

“OM MANI PADME HUM” 
“OM MANI PADME HUM” 
“OM MANI PADME HUM”



Eu (diga seu nome), agradeço agora a Amada Presença de Deus Pai-Mãe, o Cristo Cósmico, o Espírito Santo, Meu Eu Superior, Minha Divina Presença EU SOU, o Mestre Saint Germain e todos os Anjos e Arcanjos da Poderosa Chama Violeta, os Mestres do Conselho Cármico e a Chama da Misericórdia Divina, o Conselho de Manifestação, o Mestre Khuthumi e todos os Anjos e Arcanjos da Chama Dourada da Sabedoria e da Iluminação, os Cinco Dhyani Budhas, os Mestres da Ordem do Manto Dourado, todos os meus Anjos, Guias e Mestres a Serviço do Cristo e em especial eu agradeço agora a presença da Bem Amada Mãe Kwan Yin por estar me ajudando a Manifestar as Graças e as Bênçãos desta Novena Milagrosa em minha vida aqui e agora.




Eu Sou, Eu Sou, Eu Sou,

A Joia do Lótus de Kwan Yin Despertando aqui e agora.

Namo Kwan Shi Yin Pu Sa (3 x)

Ah Hum, Ah Hum, Ah Hum

OM, OM, OM

 

MANIFESTANDO E CONCRETIZANDO SEU DESEJO


Bem Amada Mãe Kwan Yin, em nome da vossa grandiosa Misericórdia e em nome da minha Bem Amada Presença Eu Sou, manifestai e concretizai, manifestai e concretizai, manifestai e concretizai.... (Faça agora o pedido para a ajuda que esta necessitando) em minha vida aqui e agora. (3 x)
OM Avalokitesvara Kwan Yin eu me refugio na Tua Misericórdia. Possa eu seguir as tuas pegadas e ser compassivo com todos os seres. Oh! Grande Mãe de Misericórdia, Divina Mãe Kwan Yin eu abraço a Tua Luz que flui em mim aqui e agora.

OM MANI PADME HUM (1000 X)


REFERÊNCIAS E LEITURAS

·         Blofeld, John. Bodhisattva da Compaixão a tradição mística de Kuan Yin: Boston, 1988.
·         Boucher, Sandy. Discovering Kwan Yin, deusa budista da compaixão: Boston, 1999.
·         Cabezon, Jose Ignacio. Budismo, Sexualidade e Gênero : Delhi, 1992.
·         Colin, Didier. Dicionário de Símbolos, Mitos e Lendas: London, 2000.
·         Farrer-Halls, Gill. O Rosto Feminino do budismo: Illinois, 2002.
·         Jones, Lindsay (ed). Encyclopedia of Religion (anteriormente editadas por Mircea Eliade) 15 volumes: MI, 2005.
·         Keown, Damien. Oxford Dictionary of Budismo: Oxford, 2003.
·         Kinsley, David. Espelho visões das Deusas do Divino do Oriente e do Ocidente: Delhi, 1995.
·         Palmer, Martin e Jay Ramsay, com Man-Ho Kwok. Kuan Yin Mitos e profecias da deusa chinesa da Compaixão: London, 1995.
·         Phillips, Kathy J. (Fotografia por Joseph Singer). Esta não é uma imagem que eu estou me segurando: Kuan Yin: Honolulu, 2004.
·         Watson, Burton (tradutor). O Sutra de Lótus: Delhi, 1999.
·         Wright, Arthur F. budismo na história chinesa: Stanford, 1959.
·         Yu, Chun-Fang. Kuan Yin A Transformação Chinesa de Avalokiteshvara: Columbia, 2001.