segunda-feira, 23 de março de 2015

Porque buscar a Terapia?

ACONSELHAMENTO PSICOTERAPÊUTICO

O que é?
Psicoterapia e aconselhamento são termos que são frequentemente utilizados como sinônimos. Apesar de serem muito semelhantes, existem algumas diferenças sutis também.

No contexto da Saúde Mental, aconselhamento é geralmente utilizado para designar um tratamento breve, muitas vezes tem como alvo um sintoma particular, uma situação problemática e o Terapeuta oferece um leque de sugestões e conselhos para que seu cliente lide com ele. A Psicoterapia por outro lado, pode ser um tratamento em longo prazo que se concentra mais em compreender os problemas físicos e emocionais mais arraigados. O foco está nos processos de pensamento do paciente, forma como se posiciona no mundo, em vez de atuar diretamente nos problemas específicos. Alguns desses problemas podem levar mais tempo, pois tudo depende de como eles tomaram forma na mente devido à prática repetitiva e por isso pode levar algum tempo para aprender e estabelecer  novos hábitos.

Cada paciente se beneficia de forma diferente ao se conectar com algum problema, preocupação e/ou experiência, tudo depende da forma como observam cada situação, pensamento, comportamento; a compreensão em um nível mais amplo  e a aprendizagem podem mudar as suas respostas. As ferramentas utilizadas ajudam o paciente a chegar a uma resposta, mas muitas vezes não interessa a eles, exceto que o Terapeuta e o paciente devem estar envolvidos em uma conversa respeitosa, baseada na confiança, compreensão da aprendizagem e na ação proposta.

Qual é a minha abordagem?

Meu objetivo em atuar ao lado de  um paciente é fornecer o melhor serviço que posso buscando trabalhar com eles na resolução de suas principais preocupações, permitindo a aprendizagem e o desenvolvimento da capacidade para que eles sejam capazes de provocarem em si – mesmos as transformações necessárias a se tornarem conscientemente equilibrados, e independentes da Psicoterapia no futuro. Por isso utilizo muitas ferramentas como Analise Junguiana, Psicologia Budista ou Contemplativa, Terapia Integral, Hipnose Ericssoniana entre outras na busca pela solução ou transformação.

Espero sempre poder atender ás expectativas de cada novo paciente, procurando estar atenta às novas ferramentas que surgem na área de Saúde Mental.

O que leva as pessoas a buscarem por um Terapeuta?

Um estudo britânico, realizado em 2010 pela Associação Britânica de Aconselhamento e Psicoterapia concluiu esta categorização dos principais motivos para se procurar terapia. As principais questões atualmente são:

·         Mudanças de humor que causam depressão ou ansiedade;
·         Dificuldades de relacionamentos na vida pessoal ou profissional;
·         Dificuldades em lidar com a perda, luto ou traumas;
·         Preocupações com a sexualidade e /ou intimidade;
·         Desequilíbrios emocionais como o stress, medo ou emoções destrutivas;
·         A perda da autoconfiança autoestima;
·         Dificuldades em lidar com conflitos pessoais ou profissionais;
·         Enfrentamento e recuperação dos problemas de saúde;
·         Desenvolvimento de Consciência e crescimento pessoal;
·         Viver com uma deficiência;
·         Reações dolorosas, pensamentos ruminantes, e angustias;
·         Questões no trabalho e de carreira;
·         Controle da raiva.

Se você se interessou, temos três formas de trabalharmos juntos:

·      Aconselhamento ou Psicoterapia Presencial;
·      Aconselhamento ou Psicoterapia ON LINE (Via Skype);
·      Terapia de Grupo.

Lembrando que as opções On Line e Terapia de grupo podem ser uma excelente opção para aqueles que desejam fazer terapia mas não tem como arcar com os custo de um processo individual presencial, pois os custos são bem menores.

Minhas qualificações profissionais: Sou Analista Junguiana com 15 anos de atuação, Integral Therapist, Mindfulness Therapist, trabalho com muitas técnicas para juntos encontrarmos um caminho para a resolução ou alivio, como: Trance Therapy, Voice Dialogue, Spiritual & Life Coaching, Psicologia Contemplativa, Terapia de Regressão, PNL e Linha do Tempo, Hipnose Ericssoniana, Arteterapia.

Se você desejar marcar uma consulta pode entrar em contato comigo via e-mail: saleela.devi@gmail.com, ou pelo telefone: (11) 9 9463 5825.


Estamos abrindo vagas para formação de um novo grupo terapêutico.





 

sábado, 21 de março de 2015

Porque ter consciência de suas emoções é tão importante?

CONSCIÊNCIA EMOCIONAL
Porque ter consciência de suas emoções é tão importante?

Todos nós vivenciamos emoções de vários tipos e tentamos lidar com elas de maneiras tanto eficazes quanto ineficazes. O verdadeiro problema não é sentir ansiedade, e sim nossa capacidade de reconhecê-la, aceita-la, usá-la quando possível e continuar a funcionar apesar dela. Sem as emoções, nossas vidas não teriam significado, textura, riqueza, contentamento e conexão com outras pessoas. 

As emoções nos lembram as nossas necessidades, frustrações e nossos direitos – nos levam a fazer mudanças, fugir de situações difíceis ou saber quando estamos satisfeitos. Ainda assim, há muitas pessoas que se sentem sobrecarregadas por suas emoções, temerosas dos sentimentos e incapazes de lidar com eles por acreditar que a tristeza e a ansiedade impedem um comportamento efetivo.

Estamos organizando um Retiro de Meditação e Silencio com estudo do tema Consciência Emocional – com aulas teórico / práticas sobre A Importância da Regulação Emocional tanto no âmbito pessoal como no profissional, além de aulas sobre Meditação. Curso Apostilado, oferecido em ambiente acolhedor, isolado na Serra da Cantareira, apropriado para trabalhar suas emoções, fazer reflexões e meditação MIndfulness e Zazen. Alimentação vegetariana. Serão três dias inteiros dedicados ao Equilíbrio Emocional, Meditação e Silêncio.

Nossas aulas de Consciência Emocional abordarão os tópicos:

·         
      O que são emoções? E de onde vêm?
·         Por que devemos nos preocupar com as nossas emoções;
·         Identificando as emoções;
·         A influência do Piloto Automático nas Emoções e o Antídoto;
·         Emoção X Reação;
·         Acolhimento;
·         Mindfulness das Sensações;
·         Valores
·         Trabalhando o momento presente;
·         Não somos iguais aos nossos pensamentos;
·         As Emoções agradáveis;
·         Necessidades X Expectativas;

Nas aulas de Meditação e Silêncio veremos:

·         Pratica de meditação Zazen
·         Exercícios de Pranayama e Body Scan
·         Meditação Caminhando
·         Pratica de Meditação Mindfulness
·         Posturas Adequadas á pratica
·         SAMU – Serviço Comunitário

Nosso convite para o Retiro de Consciência Emocional é para budistas e não budistas, praticantes ou não de meditação, pessoas que buscam desenvolvimento e expansão de consciência ou desenvolvimento da espiritualidade. Incentivamos os profissionais da Área da Saúde Mental e os da Educação, líderes de equipe, profissionais de Treinamento e pessoas que não conseguem lidar com o descontrole de suas emoções tanto no ambiente profissional como na vida cotidiana.

Local: Templo Taikanji – Serra da Cantareira a 130 Km de São Paulo, próximo à Bragança Paulista.


As aulas serão ministradas pela facilitadora Sonia Ap. F Santos (Saleela Devi) e pelo Monge Enjo responsável pelo Templo Taikanji. As fotos são do local de nosso ultimo Retiro em Dezembro/2014.

Data do Evento: Entrada dia 30 de Abril à noite e saída dia 3 de Maio final da tarde.


Contato com a facilitadora – Sonia Ap. F. Santos para maiores informações sobre valores, organização do Programa de Carona e Caronistas, Normas e Regras do Retiro entre outras – E-mail: saleela.devi@gmail.com





terça-feira, 10 de março de 2015

CONSCIÊNCIA EMOCIONAL

A visão da raiva apresentado nesta apostila não é uma visão budista estritamente tradicional, mas sim a visão de uma psicoterapeuta ocidental que usa muitos dos ensinamentos da Psicologia Budista tradicional e das práticas de meditação. O que se apresenta aqui são os ensinamentos budistas formulados numa linguagem moderna e integrados com o conhecimento científico ocidental.

Levando em consideração o fato de ser uma apostila, o que temos aqui é um esboço começando com um esquema para a compreensão da raiva e da agressão seguida de sete passos para a cura-los com base no trabalho de Leifer, R. em seu Projeto para a Felicidade.

RAIVA COMPREENSÃO E AGRESSÃO

Do ponto de vista budista, a raiva é uma forma de sofrimento, porque causa dor ao indivíduo irritado, bem como às suas vítimas. Não é possível ser feliz ao mesmo tempo em que se está com raiva ou ser feliz na companhia de um indivíduo com raiva. Muitos clientes nas clinicas de psicoterapia que se queixam de ansiedade e depressão também estão com raiva e sofrem com a sua raiva.

Para entender a raiva a partir de um ponto de vista budista, é necessário compreender o Budismo e ver como ele considera as causas do sofrimento. Essas causas são conhecidas como os três Venenos. (Para uma discussão mais detalhada ver Leifer, 1997).

OS TRÊS VENENOS

Nos ensinamentos budistas tradicionais, as causas do sofrimento humano são chamadas três venenos: Paixão, Agressividade e Ignorância. Cada um dos três venenos têm sinônimos familiares.

O Primeiro Veneno, Paixão, é frequentemente chamado por vários nomes, tais como: desejo, cobiça, luxúria, ou apego. Agressão, o Segundo Veneno, também é conhecido por vezes como ódio ou aversão. O Terceiro Veneno, Ignorância, é também conhecido como um delírio ou ilusão.
 
Por uma questão de simplicidade e harmonia conceitual, vou me referir aos Três Venenos como Desejo, Aversão e Ignorância.

Vamos considerar os dois primeiros venenos de uma perspectiva ocidental e, em seguida, considerar o terceiro veneno em relação aos dois primeiros. Os dois primeiros venenos, Desejo e Agressão são um par dialético (ou polares) melhor compreendido em relação um ao outro. Cada polo é fundamentalmente semelhante ao outro. No entanto, cada polo difere diametralmente do outro. Cada um é um desejo. Um deles é o desejo de ter, o outro é o desejo de não ter. Compreender as palavras dialeticamente, ou antiteticamente, é um padrão em línguas antigas. É um fundamento do princípio da filosofia budista e também é reconhecido por muitas outras religiões como uma dualidade fundamental.

Visto desta forma, os dois primeiros venenos, Desejo e Aversão como os mesmos fenômenos polares que os behavioristas ocidentais reconhecem como as motivações básicas da mente humana: o desejo do prazer e a aversão à dor. E estes são as mesmas polaridades psicológicas fundamentais a que Freud se refere em sua enunciação - O princípio do prazer.
  
Poderosos como eles são na formação de nossas vidas e destinos; não observamos os nossos desejos claramente, porque eles são complexos, muitas vezes sutis, e temíveis. Basta dizer agora que o desejo é não só um sentimento de querer acompanhado por pensamentos e imagens, é uma forma de se relacionar com os objetos, eventos, situações, substâncias, e indivíduos, e até mesmo na própria vida.

Em sua forma extrema o Desejo representa o motivo de incorporar e fundir-se com. Em suas formas moderadas e sutis que representam o desejo de aproximar-se, associar, identificar, de se agarrar e anexar, para marcar como ponto de referência, para usar como uma fonte de prazer, prazer e segurança algum objeto externo, evento, situação, substância ou indivíduo.

O segundo veneno, a Aversão, é a antítese do primeiro. Este veneno é um conjunto de sentimentos, pensamentos e imagens, mas também uma maneira de se relacionar evitando, fugindo, escapando e, na sua falta, destruindo o que ele teme, não gosta ou, odeia. Neste sentido, a raiva, agressão e, o ódio são formas de Aversão. Eles diferem das formas mais leves de Aversão apenas na medida em que eles são tão fortes e destrutivos. No entanto, a Aversão não precisa tomar uma forma extrema. Ela pode tomar a forma: de desgosto, desaprovação, desagrado, ou desdém. Qualquer fuga, defesa ou ataque contra o que é odiado é uma forma de aversão.

Descrita desta forma, pode ser visto que os primeiros dois venenos representam os motivos fundamentais da vida: para atrair e repelir, de procurar e evitar, para abrir e fechar, os desejos de ter e não ter. Juntos, Desejo e Aversão representam a polaridade fundamental do universo: atração e repulsão.

Embora possa parecer à primeira vista que a raiva deve ser entendida no contexto da Aversão, o segundo veneno, veremos que a situação não é tão simples. Os dois primeiros venenos trabalham na interação de forma que aquele que deseja pode criar aversões e, as suas aversões podem criar desejos. Por exemplo, o desejo de ter uma identidade nacional envolve muitas vezes a competição ou o antagonismo em direção a outros grupos étnicos ou políticos em relação antitética a quem o eu está defendendo. Guerras recentes no Oriente Médio, na África e em outros locais do planeta ilustram essa tendência.

Em um caso contrastante, o medo ou a aversão estranhos à espaços abertos podem dialeticamente criar o amor ao território familiar de casa e o desejo de ficar em casa. Como um par dialético, cada polo de Desejo e Aversão contém sombras e reflexos de seu oposto.

 O terceiro veneno, Ignorância, refere-se à negação, repressão, ou falta de consciência das verdades da existência e os fatos da vida pessoal, mental e emocional, incluindo os fatos da própria vida de um indivíduo. Na tradição budista, estas verdades básicas são chamadas de "os três fatos da existência:" o sofrimento, a impermanência e o vazio.

A verdade do sofrimento refere-se ao fato de que todos os seres conscientes, inevitavelmente, sofrem ao nascer, sofrem por não conseguir o que quer, sofrem por conseguir o que não quer, e sofrem de velhice, doença e morte.

A verdade da impermanência refere-se ao fato de que todos os objetos compostos, incluindo nós mesmos, eventualmente decaímos, desintegramo-nos, e morremos. Os cientistas dizem que um dia até mesmo o nosso Sol vai morrer. A verdade do Vazio se refere ao fato que falta o essencial em todos os objetos compostos, uma existência independente, inerente. Tudo é composto e, portanto, interdependente. Nada tem uma identidade intrínseca ou substancial. A incapacidade de compreender esse fato e viver em harmonia com ele cria as condições para os pensamentos, sentimentos e ações que são a causa do sofrimento que infligimos a nós mesmos e aos outros - incluindo o infligido através da raiva e agressão.

A ignorância é o fator chave para a geração de raiva no sentido de que não se trata meramente da falta de conhecimento, mas também da auto projeção sobre fenômenos de algo que de fato não existe, ou seja, da substância inerente. Confuso e apavorado por nossa própria inefabilidade, nós nos esforçamos para criar a ilusão de um sólido, eu imortal.

O termo "ego", que tem vários significados, é relevante aqui. Na psicanálise “ego” refere-se às funções executivas da mente que media entre os desejos e as aversões do id e as proibições, inibições, e ideais do superego.

Na linguagem comum, o ego refere-se ao ser ou self, um senso de identidade pessoal substancial ou alma, que atribui a si mesmo o valor supremo e a importância, e que se sente no direito à busca egoísta de felicidade e evita o descontentamento, muitas vezes em detrimento de outros.

 REFERENCIAS E LEITURAS RECOMENDADAS
Dilgo Khyentse Rinpoche. (1993). Enlightened courage. Ithaca, NY: Snow Lion Publications.
Geshe Kelsang Gyatso. (1998). Universal compassion. London: Tharpa Publications.
Geshe Rabten, & Geshe Dhargyey. (1997). Advice from a spiritual friend. Boston: Wisdom
Publications.
H.H. The Dalai Lama. (1997). Healing anger: The power of patience from a Buddhist perspective.
Ithaca, NY: Snow Lion Publications.
Leifer, R. (1997). The happiness project: Transforming the three poisons that cause the suffering
we inflict on ourselves and each other. Ithaca, NY: Snow Lion Publications.
Pema Chodron. (1991). The wisdom of no escape. Boston: Shambhala Publications.
Pema Chodron. (1994). Start where you are. Boston: Shambhala Publications.
Smith, Jean (Ed.). (1998). Breath sweeps mind: A first guide to meditation practice. New York:
Riverhead Books.








sábado, 7 de março de 2015

Além da Neutralidade Espiritual


A prática do Zen é se tornar intimo com o que é! À medida que estamos ajudando pessoas reais e seus relacionamentos, o que poderia ser então mais importante? Devemos oferecer aos nossos clientes, alunos ou pacientes nossa autêntica presença, o nosso coração e a nossa vontade de revolver a sua dor e medo, bem como seus sucessos e fracassos. Como praticantes de meditação, nós projetamos a realidade de que estamos em uma jornada sagrada com os nossos clientes. Pois temos a sorte de profundamente experimentar uma conexão com as pessoas, apesar da verdade de que raramente sabemos exatamente o que estamos fazendo. Esta visão da prática é simples, porém não é nada fácil de realizar.

Uma formação convencional na área de Saúde Mental ou assistencial ou quem sabe até na área educacional reflete cada vez mais uma visão diferente sobre a ajuda, que nos referimos aqui como uma historia sobre a prática da meditação. Praticantes e estudiosos que são defensores da prática baseiam-se em evidências, como por exemplo:

a)     Estudos comprovam-se extremamente úteis para determinar o que fazer com o cliente;
b)     A redução da complexa realidade do cliente em um fator diagnosticável mais amigável de se lidar, e que existem muitas ferramentas úteis para amenizar ou até curar seu sofrimento;

c)      Ajudar os clientes iniciantes na prática que muitas vezes são ignorantes a respeito do verdadeiro valor da investigação dos resultados da prática contemplativa ou são demasiados medrosos para olharem para a sua própria intuição, ou irresponsáveis de mais para observar os resultados conquistados como parte do processo meditativo. Muitas vezes usamos determinadas palavras chiques para a história e chamamos isto de paradigma. Adoramos citar multidões de estudiosos e cientistas que disseram coisas semelhantes de forma a valorizar o nosso trabalho.

Princípios Espirituais que ajudam


É fundamental o conhecimento teórico e pratico para ajudar o outro, porém sempre existe a incerteza e o não-saber, que interferem com a nossa percepção direta e no nosso engajamento com o cliente. Nós somente somos mais capazes de servir aos nossos clientes ou pacientes se os nossos corações permanecerem abertos para o que eles têm a dizer, e devemos independente do que ouvimos agir de forma compassiva e coração aberto e disponível ao amor incondicional.

A metáfora Zen – forte para trás e leve para frente – lembra-nos que o nosso trabalho envolve também a região abaixo do nosso pescoço, pois é no nosso coração aberto que floresce toda a ajuda possível, pois é nesta região que nós somos estáveis e claros, e conseguimos um maior contato com a estrutura que o outro abre para nós. Devemos ver nos nossos encontros com o outro as oportunidades pessoais para estarmos plenamente vivos e totalmente presentes no momento. A nossa autoconsciência momento a momento e a qualidade da presença é um bem precioso e vital para os clientes.

Ser autoconsciente não é ser auto-obssessivo em relação ao desempenho profissional, não devemos estar distraídos, mas devemos na verdade estar atentos com o mundo do Eu e do outro. Eficácia com o atendimento ao cliente e ao mesmo tempo praticante contemplativo está inter-relacionada. Pois à medida que cada vez mais confiamos no momento presente, as respostas emergem da profunda sabedoria em vez de prontamente reagirmos no esquema tradicional – luta ou fuga – ou nas tentativas superficiais de agarrar às nossas certezas teóricas.

A radical aceitação do que é sob a forma de “nossos clientes, nosso consultório, as condições da nossa comunidade, assim como nossas próprias respostas, humores ou pensamentos”, oferecem uma base de transformação e mudança. Embora o termo possa parecer sugerir o contrário, a aceitação radical do momento presente não é sobre deixar “rolar” sobre a face da opressão. Temos que testemunhar a maneira como lidamos com os nossos clientes, seus traumas e o nosso próprio trauma muitas vezes ali refletido. Pois testemunhar envolve a nossa vontade de entrar na incerteza e escutar profundamente, sem apego ao resultado, e nossa capacidade para segurar a dor do cliente sem sermos oprimidos. Tendo testemunhado, a realidade social pode fornecer uma base para se engajar e agir também junto à própria comunidade.

Porque estamos intimamente ligados aos nossos clientes e a comunidade; este engajamento essencial é uma forma de espiritualidade, pois a narrativa do meu cliente é a minha própria e se não fosse por algumas circunstancias ou condições biológicas ou sociais, nós poderíamos facilmente trocar de lugar, e sentarmos na cadeira do cliente, e ele na nossa.  Nós não somos melhores que nossos clientes, alunos ou pacientes. Devemos apenas observar como nosso pensamento limitado retrata na verdade muitas questões como dualidades.

Psicologia Contemplativa

À medida que aprendemos, praticamos e incorporamos os princípios encontrados na Psicologia Budista e na prática da Meditação Zen, entramos em contato com recursos pessoais anteriormente subutilizados no nosso trabalho com o cliente. Percebemos que quanto mais nós mesmos praticamos a meditação, menos distraídos permaneceremos durante as nossas sessões.

Começamos a ouvir os nossos clientes com os nossos corações e quase que imediatamente nossa cabeça e nossas respostas emergem menos a partir da luta ou fuga, julgamentos e críticas, rotuladas como intervenções. Começamos a nos permitir nos preocuparmos mais com os nossos clientes, para nos tornarmos mais inspirados por suas histórias ao ficarmos cara a cara com a sua dor e com a realidade que faz que com trabalhemos no desconhecido.


Com a Psicologia Contemplativa prosseguimos nessa exploração baseado na sabedoria do Zen enfatizando – A qualidade sacramental de cada momento  (Austin, 1998 pag 12).  E desta forma, fazemos tudo o que podemos, a fim de entrar em cada momento plenamente. E cada vez mais sentimos a experiência que sentar junto com o cliente ou o grupo, ou a sala de aula e sentir este momento  como um evento sagrado e o quanto somos verdadeiramente afortunados por fazermos parte dele. A nossa presença é fundamentada na nossa aceitação radical dos sentimentos, pensamentos e circunstancias que surgem na nossa vida, na vida dos nossos clientes, e a experiência momento a momento que se desenrola quando sentamos juntos. Uma verdadeira jornada espiritual Zen e que é ao mesmo tempo muito simples. Na nossa calma, de coração aberto, abordamos de forma sincera e consciente tudo o que envolve a realidade ou assistimos ao mais ínfimo ato que nos permite tocar o nível mais profundo da verdade, que alguns podem rotular como Divino ou até mesmo como Deus.  A nossa conexão consciente, compassiva com um cliente em um consultório nos conecta com todos os seres do mundo.

terça-feira, 3 de março de 2015

RETIRO DE MEDITAÇÃO E SILÊNCIO - MAIO DE 2015


As emoções positivas não são úteis para nós, se não formos honestos  e realistas conosco mesmo e com a nossa realidade.  Afinal as emoções são como nós realmente nos sentimos diante das diferentes situações que nos acontecem diariamente. É através do equilíbrio emocional que podemos florescer conhecer o significado de se sentir feliz, obtendo o máximo de nossas vidas e dar o melhor que pudermos dar.

O curso teórico prático de Consciência Emocional, visa levar os alunos  a buscar o equilíbrio saudável entre as emoções positivas e as negativas.  Desenvolver  a consciência emocional significa tornar-se 100% consciente de suas emoções, de tal forma que você saiba porque está se sentindo mal, ou experimentando o efeito de uma emoção, mesmo que não possa fazer nada sobre isso.

No Retiro vai também poder aprender a praticar a Meditação Zazen ou aperfeiçoar-se na prática e colher os benefícios que ela e o silêncio proporcionam.

Publico alvo: Buscadores Espirituais, praticantes de Meditação, Profissionais da Área da Saúde Mental, Medicina, da Educação, pessoas que desejam aprender a meditar ou desenvolver o autoconhecimento, expandir a consciência, desenvolver a liderança consciente, aprender mais sobre as suas emoções!

Aberto para budistas e não budistas, maiores de 18 anos.

As aulas serão ministradas pela facilitadora e pelo Monge Enjo!

Mais informações na página específica do Blog ao lado ou por e-mail: saleela.devi@gmail.com com a facilitadora e professora do evento – Sonia Ap. F. Santos (Saleela devi).

Poucas Vagas!