quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Meditação e Saúde


Este é um artigo para as pessoas que buscam caminhos para uma melhora na qualidade de vida, na saúde física e mental. Em muitas pesquisas científicas realizadas com praticantes disciplinados com práticas de longo prazo comprovam melhora na acuidade pessoal, aumento nos níveis de percepção e na função cognitiva, o que indica estabilização dos aspectos da consciência e da atenção. Juntamente com os aumentos observados em coerência EEG e os aspectos da função cerebral, tais mudanças são consistentes com o crescimento em direção a um estado de funcionamento total do cérebro, tais mudanças são consistentes com o crescimento em direção a um estado de funcionamento total do cérebro, ou seja, o desenvolvimento do potencial mental completo. E que são geralmente acompanhadas de melhoria dos parâmetros de saúde.

Estudos feitos com meditadores avançados e quaisquer estados avançados de meditação que a meditação pode proporcionar, indicam benefícios de longo prazo. Nos países do Sul da Ásia, como Índia e Tibet, a meditação é ainda amplamente considerada como o caminho para alcançar a meta mais elevada da vida humana – iluminação – que é um termo atualmente utilizado para descrever a estabilização de estados mais elevados de funcionamento da psicofisiologia do ser humano.

No mundo ocidental, os estudos com meditadores considerados avançados por praticarem de forma disciplinada à muito tempo e que têm uma vida profissional estressante demonstraram reduções significativas nas despesas com saúde em torno de 50% sobre todas as doenças cobertas e, em outros estudos foram observados uma diminuição de até 7% por ano para praticantes iniciais com problemas clínicos gerais. De particular importância foi a redução nos custos com doenças cardíacas. Assim a compreensão da prática de meditação de forma contínua e disciplinada com um bom orientador  pode produzir benefícios reais é de importância óbvia.

A maioria das técnicas tradicionais de meditação sejam elas passivas ou dinâmicas normalmente possuem uma relação mente – corpo, o que contribuem na manutenção da saúde física e mental. Muitas tradições indígenas de diversos países e, principalmente entre os índios da América do Norte utilizam técnicas meditativas em suas práticas medicinais.


Muitas técnicas mente – corpo utilizadas na medicina contemporânea tem como objetivo final um melhor funcionamento psicofisiológico semelhante, ou diretamente relacionados à Iluminação, tais como  as técnicas de meditação e as formas de Psicoterapia com base na Psicologia Transpessoal, Psicologia Budista ou Contemplativa, Programação Neolinguística, Terapia Focada na Compaixão e suas diversas consequências. Tradicionalmente, tanto o Oriente como no Ocidente, estes estados são realizados para melhorar radicalmente a saúde, mas são descritos e definidos em termos de aspectos subjetivos da percepção consciente, tais como mudanças na qualidade da atenção e estilo cognitivo. A ciência empírica não pode estudar diretamente as mudanças na consciência e na percepção subjetiva, mas deve primeiro determinar medidas objetivas que lhes estão associadas. Os cientistas têm como objetivo estudar e caracterizar essas mudanças e devem utilizar diversos testes psicológicos e fisiológicos, correlacionando-os com as mudanças subjetivamente experimentadas na consciência relatada pelos indivíduos investigados.

Sabemos que muitas pesquisas são realizadas por meditadores avançados, muitos estão sob orientação de Mestres Iluminados como o próprio Dalai Lama, que tem interesse de conhecer os resultados científicos das pesquisas. Os resultados não são simplesmente de interesse para aqueles interessados em mudanças trazidas pela meditação, ou da adesão persistente na busca de um caminho espiritual, mas, porque eles detêm a promessa de soluções para alguns dos problemas mais difíceis do mundo desenvolvido, para todos os interessados com as politicas médicas e sociais de um governo moderno.



Diferentes técnicas de meditação produzem diferentes resultados, mas o que já se sabe é que qualquer que seja a técnica escolhida pelo praticante sério, todas oferecem resultados comprováveis nos vários campos de estudos. Independente da idade, sexo ou crença religiosa, o mais importante é definir qual a melhor técnica para a pessoa, o acompanhamento de um instrutor de meditação, disciplina, perseverança e dedicação. Muito diferente dos livros de autoajuda, as técnicas de meditação não devem ser executadas em casa sem a correta instrução de um professor que deverá acompanhar a evolução do aluno e fazer os ajustes necessários. Principalmente se mais que a busca por um caminho espiritual houver a busca por uma técnica que proporcione qualidade de vida e melhora nas condições de saúde de pessoas que sofrem devido a uma doença diagnosticada como Fibromialgia, ou Câncer, Problemas Cardíacos entre outras arduamente pesquisadas, mas também por aqueles que sofrem sem terem um diagnostico preciso. Obviamente não aconselhamos que o indivíduo abandone outras formas de tratamento sejam psicoterápicos ou medicinais, a meditação assim como a técnica escolhida é mais um recurso a ser somado junto a outros previamente escolhidos. Muito embora a ciência venha avançando na busca pela compreensão dos efeitos da meditação, ainda não a considera uma ferramenta milagrosa de cura, mas um caminho arduamente percorrido com resultados benéficos para a integralidade do ser humano.

Referências:

- Higher Stages of Human Developmente: Perspectives on Adult Growth. NY Oxford University Press – Alexander CN. Langer EJ.

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