sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Em Tempos de Crise – Porque não procurar um terapeuta?


Em tempos de crise, a maioria das pessoas começa a cortar despesas para garantir pelo menos o essencial; sem se darem conta que cuidar da saúde mental e emocional é essencial para garantir a estabilidade e o equilíbrio necessários para suportar as pressões que a crise provoca, dando assim condições emocionais e mentais adequadas para melhor adaptar-se ao novo momento. E muitas das pessoas acreditam que podem cultivar o equilíbrio emocional sozinhos ou com livros de auto ajuda ou nas conversas de bares com os amigos.

No entanto, os momentos de crise econômica, a ameaça de desemprego, o sistema  nervoso abalado diante das dificuldades somente criam quadros de  stress e ansiedade que levam a quadros depressivos, que podem fazer o indivíduo tomar decisões errôneas e desenvolver doenças físicas e mentais graves.

O melhor a fazer é conversar com o terapeuta propondo ajustes nos valores, no tempo ou na metodologia de forma a reforçar o sistema interno de equilíbrio emocional, e manter-se saudável para adaptar-se ao novo momento.  Outras soluções podem estar na busca de  autoconhecimento, ou seja, na busca do conhecimento das suas próprias habilidades, pois muitas vezes desconhecemos o nosso próprio potencial,  assim como buscar novas ferramentas para colocar estas habilidades na vida cotidiana aproveitando desta forma as oportunidades disfarçadas por trás da crise; rever crenças comportamentos nocivos e negativos, maus hábitos que reforçam a nossa capacidade inata de nos auto sabotarmos em vez de reforçar a nossa capacidade de seguir em frente com mais criatividade e inteligência emocional.

Em tempos de crise sempre sabemos o que é melhor para se plantar no jardim do vizinho – damos dicas preciosas sobre como cuidar das sementes e quais as ferramentas que deveriam ser utilizadas para que o jardim floresça enquanto isto, no nosso jardim as ervas daninhas que representam  a nossa capacidade de reclamar que nada dá certo, nada funciona, cresce e toma conta de  todo o terreno, estamos nos sabotando, mas claro que a culpa não é nossa. Sabemos o que o outro deve fazer, mas nós mesmos não arregaçamos a manga usando as nossas próprias sementes (criatividade, inteligência, equilíbrio emocional) e nossas ferramentas (habilidades) para cuidar do nosso próprio jardim.

A dificuldade em quebrar os paradigmas está na resistência. E como somos resistentes às mudanças! Porém muitas pessoas prosperam em tempos de crise, muitas empresas crescem e obtêm grandes lucros. Quando ficamos imersos nos nossos próprios padrões de comportamento temos dificuldade de criar um diferencial seja na vida profissional e até mesmo na vida pessoal e nos nossos relacionamentos interpessoais – é necessário nos reinventarmos! Buscar novos caminhos tornar-se mais ágil, atento, centrado, focado, ter disposição e coragem para mudar e pensar no impensável.

Muitas vezes escuto que autoconhecer-se não é importante. Conheci vários pacientes e amigos que tinham dificuldades de perceber que tomavam sempre as mesmas atitudes, tinham sempre os mesmos comportamentos diante dos problemas, buscando sempre as mesmas velhas soluções para os novos problemas. Se auto sabotavam, mas sempre se defendiam quando eram convidados a simplesmente sentar sem fazer nada – meditar – buscando dentro de si mesmos os fundamentos a criatividade e força necessária, praticar os exercícios ensinados, fazendo as mudanças, desenvolvendo suas inteligências e expandindo a consciência. Mas é mais fácil culpar o outro, o governo, o chefe ou a empresa, o companheiro do que descobrir que toma sempre as mesmas atitudes, ou que repete o comportamento ou as formas pensamentos dos pais por exemplo. Quando tomam consciência que estão vivendo um círculo vicioso muitas vezes negam porque é muito mais fácil do que reagir devido ao medo de magoar ou ter que se afastar do ambiente contaminado.

Esperar que as mudanças ocorram milagrosamente é outro comportamento negativo – afinal como ensina o Livro “Um Curso em Milagres”  - os milagres só acontecem quando tudo está certo! A espiritualidade e a religiosidade podem ser um reforço importante quando a forma de enfrentamento ou coping é positivo. Mas quando a pessoa realmente não se conhece, sua fé cega ou espiritualidade/religiosidade distorcida ou coping negativo podem somente criar mais expectativas, ansiedade e depressão quando seus anseios não acontecem como e quando a pessoa quer – incoerência humana – buscar sempre as saídas mais fáceis ou comparar –se com os outros ou arrumar desculpas infundadas.

Bem, como diz um velho ditado – A união faz a força – que tal buscar unir-se com aqueles que podem contribuir para o desenvolvimento pessoal, profissional e interpessoal? Buscar saídas diferentes e inovadoras, descobrir suas mais profundas habilidades talvez deixadas de lado por incentivo de terceiros renegando o seu potencial criativo, ou buscar investir em novas formações, outras opções de carreira, estudar novas opções, afinal foi buscando novas saídas que surgiram produtos e empresas no mercado, pessoas prosperaram. Em tempos de crise, um bom terapeuta faz toda a diferença!


Sonia A F Santos (Saleela Devi)
E-mail: saleela.devi@gmail.com
Consultório: Campo Belo SP SP

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