Em tempos de crise, a maioria das pessoas
começa a cortar despesas para garantir pelo menos o essencial; sem se darem
conta que cuidar da saúde mental e emocional é essencial para garantir a
estabilidade e o equilíbrio necessários para suportar as pressões que a crise
provoca, dando assim condições emocionais e mentais adequadas para melhor
adaptar-se ao novo momento. E muitas das pessoas acreditam que podem cultivar o
equilíbrio emocional sozinhos ou com livros de auto ajuda ou nas conversas de
bares com os amigos.
No entanto, os momentos de crise econômica, a
ameaça de desemprego, o sistema nervoso abalado
diante das dificuldades somente criam quadros de stress e ansiedade que levam a quadros
depressivos, que podem fazer o indivíduo tomar decisões errôneas e desenvolver doenças
físicas e mentais graves.
O melhor a fazer é conversar com o terapeuta
propondo ajustes nos valores, no tempo ou na metodologia de forma a reforçar o
sistema interno de equilíbrio emocional, e manter-se saudável para adaptar-se
ao novo momento. Outras soluções podem
estar na busca de autoconhecimento, ou
seja, na busca do conhecimento das suas próprias habilidades, pois muitas vezes
desconhecemos o nosso próprio potencial, assim como buscar novas ferramentas para
colocar estas habilidades na vida cotidiana aproveitando desta forma as
oportunidades disfarçadas por trás da crise; rever crenças comportamentos
nocivos e negativos, maus hábitos que reforçam a nossa capacidade inata de nos auto
sabotarmos em vez de reforçar a nossa capacidade de seguir em frente com mais
criatividade e inteligência emocional.
Em tempos de crise sempre sabemos o que é
melhor para se plantar no jardim do vizinho – damos dicas preciosas sobre como
cuidar das sementes e quais as ferramentas que deveriam ser utilizadas para que
o jardim floresça enquanto isto, no nosso jardim as ervas daninhas que representam
a nossa capacidade de reclamar que nada
dá certo, nada funciona, cresce e toma conta de
todo o terreno, estamos nos sabotando, mas claro que a culpa não é nossa.
Sabemos o que o outro deve fazer, mas nós mesmos não arregaçamos a manga usando
as nossas próprias sementes (criatividade, inteligência, equilíbrio emocional)
e nossas ferramentas (habilidades) para cuidar do nosso próprio jardim.
A dificuldade em quebrar os paradigmas está
na resistência. E como somos resistentes às mudanças! Porém muitas pessoas
prosperam em tempos de crise, muitas empresas crescem e obtêm grandes lucros. Quando
ficamos imersos nos nossos próprios padrões de comportamento temos dificuldade
de criar um diferencial seja na vida profissional e até mesmo na vida pessoal e
nos nossos relacionamentos interpessoais – é necessário nos reinventarmos! Buscar
novos caminhos tornar-se mais ágil, atento, centrado, focado, ter disposição e
coragem para mudar e pensar no impensável.
Muitas vezes escuto que autoconhecer-se não é
importante. Conheci vários pacientes e amigos que tinham dificuldades de
perceber que tomavam sempre as mesmas atitudes, tinham sempre os mesmos
comportamentos diante dos problemas, buscando sempre as mesmas velhas soluções
para os novos problemas. Se auto sabotavam, mas sempre se defendiam quando eram
convidados a simplesmente sentar sem fazer nada – meditar – buscando dentro de
si mesmos os fundamentos a criatividade e força necessária, praticar os
exercícios ensinados, fazendo as mudanças, desenvolvendo suas inteligências e
expandindo a consciência. Mas é mais fácil culpar o outro, o governo, o chefe
ou a empresa, o companheiro do que descobrir que toma sempre as mesmas
atitudes, ou que repete o comportamento ou as formas pensamentos dos pais por
exemplo. Quando tomam consciência que estão vivendo um círculo vicioso muitas
vezes negam porque é muito mais fácil do que reagir devido ao medo de magoar ou
ter que se afastar do ambiente contaminado.
Esperar que as mudanças ocorram
milagrosamente é outro comportamento negativo – afinal como ensina o Livro “Um
Curso em Milagres” - os milagres só
acontecem quando tudo está certo! A espiritualidade e a religiosidade podem ser
um reforço importante quando a forma de enfrentamento ou coping é positivo. Mas quando a pessoa realmente não se conhece,
sua fé cega ou espiritualidade/religiosidade distorcida ou coping negativo podem somente criar mais expectativas, ansiedade e
depressão quando seus anseios não acontecem como e quando a pessoa quer –
incoerência humana – buscar sempre as saídas mais fáceis ou comparar –se com os
outros ou arrumar desculpas infundadas.
Bem, como diz um velho ditado – A união faz a
força – que tal buscar unir-se com aqueles que podem contribuir para o
desenvolvimento pessoal, profissional e interpessoal? Buscar saídas diferentes
e inovadoras, descobrir suas mais profundas habilidades talvez deixadas de lado
por incentivo de terceiros renegando o seu potencial criativo, ou buscar
investir em novas formações, outras opções de carreira, estudar novas opções,
afinal foi buscando novas saídas que surgiram produtos e empresas no mercado,
pessoas prosperaram. Em tempos de crise, um bom terapeuta faz toda a diferença!
Sonia A F Santos (Saleela Devi)
E-mail: saleela.devi@gmail.com
Consultório: Campo Belo SP SP
E-mail: saleela.devi@gmail.com
Consultório: Campo Belo SP SP
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