Meditação Zen
Conheça um pouco mais
(...) O Zen exerce uma peculiar fascinação
nas mentes cansadas de religião e filosofia formais. Desde o inicio, o Zen
dispensa todas as formas de teorização, de instrução doutrinária e de
formalidades sem vida, tratados como meros símbolos de sabedoria. O Zen é
fundamentado na prática e numa íntima experiência pessoal da realidade, ao
passo que a maioria das formas de religião e filosofia ficam só na “descrição”
emocional ou intelectual. Isto não quer dizer que o Zen seja a única e
verdadeira senda para atingir a Iluminação. Tem-se afirmado que a diferença
entre o Zen e outras formas de religião é que todas as outras sendas vão
fazendo sendas, galgando lentamente a montanha, mas o Zen, como uma via romana,
põe de lado os obstáculos e se move em linha reta na direção do objetivo. Antes
de tudo, os credos, os dogmas e sistemas filosóficos não passam de ideias
acerca da verdade, da mesma maneira como as palavras não são fatos, mas apenas
descrevem algo sobre os fatos, enquanto o Zen é uma vigorosa tentativa para
entrar em contato direto com a verdade sem permitir que teorias e símbolos se
interponham entre o conhecedor e o conhecido. Num certo sentido, o Zen é o
sentir da vida em vez de sentir algo sobre a vida. Ele não tem paciência com
sabedoria de segunda mão, com a descrição que alguém faça sobre uma experiência
espiritual, ou com meros conceitos e crenças. Entretanto, a sabedoria de
segunda mão é valiosa como o indicador que aponta o caminho; pode ser tomada
facilmente demais pela própria senda ou mesmo como sendo a meta. Tão sutis são
as maneiras como essas descrições da verdade podem ser tomadas pela própria verdade,
que o Zen inúmeras vezes é uma forma de iconoplasma, uma quebra de meras
imagens intelectuais a respeito da realidade viva, conhecida somente através da
experiência pessoal.
Alan Watts – O Espirito Zen
Treinamento Intensivo de Meditação Zen em
fevereiro – inscrições abertas!
Retiro de Meditação Zen em Abril – Inscrições
Abertas – Local – Serra da Cantareira
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