A cada dia
que passa mais se observa a dificuldade que as crianças têm em prestar atenção,
são muitas as fontes de distração, além dos celulares, os IP ods, e de tantas
outras coisas que vibram ao lado delas. Tem sempre alguém gritando – Preste atenção!,
mas a mente das crianças parecem
macaquinhos pulando de galho em galho em algazarra, assim são seus sentimentos
e pensamentos.
Este é um
problema real em todas as escolas, e os professores e pais não sabem como
aquietar a mente das crianças principalmente nos momentos mais importantes
durante as atividades escolares. As crianças hoje em dia estão sempre à procura
da próxima imagem, mensagem ou sensação. Elas naturalmente estão sempre
procurando novas maneiras de se distrair (os adultos também!). Tornou-se um verdadeiro
desafio para as pessoas de todas as idades manter a mente focada de forma
produtiva, com qualidade de presença no momento presente. Porém todos nós
sabemos por experiência própria o quanto custa a falta de atenção, a
dificuldade de concentração para o sucesso na vida acadêmica, profissional,
estudantil e porque não dizer até mesmo na vida pessoal.
Este assunto
tornou-se muito relevante e atual em várias partes do mundo. Enquanto cientistas
de várias áreas pesquisam a importância da atenção plena, outras áreas buscam
saídas estratégicas que não impliquem necessariamente em aumento nos gastos
públicos para tornar a escola um local
mais interessante para aprender, desenvolver as habilidades e formas criativas
de lidar com os problemas da vida.
Mais do que
ficar dizendo aos alunos – Preste atenção! Podemos oferecer novas ferramentas
para que eles lidem melhor com este mundo cheio de distrações e aprendam a
concentrar a mente principalmente no momento da aprendizagem. Embora a mente
seja naturalmente inquieta ela pode aprender a desenvolver a concentração. A civilização humana é fruto dessa capacidade
incrível, que pode ser reforçada se for ensinada e incentivada desde criança.
Muitas escolas
nos Estados Unidos, inclusive Universidades têm adotado uma prática de
desenvolver a atenção plena que já de é de uso natural a milênios tanto na
Índia como no sul da Ásia, e ela não tem nada a ver com misticismo ou
religião. Com técnica adequada aliada ao
uso da respiração o praticante vai aprendendo a desenvolver a atenção e a
manutenção da concentração no momento presente.
A investigação
científica realizada em várias centros de pesquisa nos Estados Unidos e na
Europa demonstram que o ato de concentrar-se na própria respiração de forma
adequada tem efeitos positivos na fisiologia humana, reduz os níveis de pressão
arterial, reduz os níveis nocivos do stress e da ansiedade, desenvolve a
capacidade dos alunos na concentração, aumenta a criatividade e a capacidade de
resolver problemas, aumenta a massa cinzenta do cérebro, aumenta a memória,
atua positivamente no alívio das dores crônicas e muito mais.
Uma série de
estudos realizados no Canadá tem demonstrado que crianças do ensino fundamental
que se envolvem por alguns minutos com exercícios dirigidos de atenção plena ficam
mais atentos nas aulas, melhoram nas notas, diminuem os níveis de agressividade
e outros problemas comportamentais do que aqueles que não recebem o
treinamento. Assim como os professores que são treinados no Programa de
Mindfulness (Atenção Plena) conseguem lidar melhor com os problemas em sala de
aula, melhoram o ambiente de aprendizagem além deles mesmos usufruírem os
benefícios da atenção plena.
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