quarta-feira, 24 de abril de 2013

Atendimento Psicoterápico



Atendimento Psicoterápico
Como você pode viver a vida como uma jornada criativa?
Como ter estratégias que permitam criar um novo “mapa”, uma nova história?
Como conseguir a maestria, como tocar a música dentro de você?  Você pode viver uma vida que nunca foi vivida antes e vivenciar todas as possibilidades? Lembre –se a vida é um campo de infinitas possibilidades!

Para aprender algo de novo em sua vida é preciso soltar coisas antigas, criar novos mapas, desenvolver, evoluir, crescer. Isso no campo pessoal, profissional, financeiro, em qualquer aspecto.
Você precisa fogo, paixão, mas também de terra, grounding, reconectar. E ar: leveza, abertura. E água também, o emocional equilibrado... E éter, o 5º elemento: o espaço da consciência. Então você cria o “campo”. O espaço do campo tem a ver com presença aberta. 

E identificar os recursos, ampliar o que dá suporte para sua transformação, para sua criação.  O processo de criar a si mesmo envolve suas capacidades e a confiança, e o que quer que aconteça na vida aprender a mover através disso...

No set terapêutico você se permite dar um salto quântico para uma nova visão de mundo, para viver uma vida profunda e arrebatadora, ativando seu entusiasmo existencial.

Se ficou interessado entre em contato com Sonia Ap. F. Santos (Saleela Devi)

As 4 Leis da Espiritualidade ensinadas na Índia
A primeira ensina:A pessoa que vem é a pessoa certa
Ninguém entra em nossas vidas por acaso. Todas as pessoas ao nosso redor, interagindo com a gente, têm algo para nos fazer aprender e avançar em cada situação.
A segunda ensina: Aconteceu a única coisa que poderia ter acontecido”
Nada, absolutamente nada do que acontece em nossas vidas poderia ter sido de outra forma. Mesmo o menor detalhe. Não há nenhum “se eu tivesse feito tal coisa...” ou “aconteceu que outro...”. Não. O que aconteceu foi tudo o que poderia ter acontecido, e foi para aprendermos a lição e seguirmos em frente. Todas e cada uma das situações que acontecem em nossas vidas são perfeitas.

A terceira ensina: Toda vez que você iniciar é o momento certo”

Tudo começa na hora certa, nem antes nem depois. Quando estamos prontos para iniciar algo novo em nossas vidas, é que as coisas acontecem.

A quarta e ultima ensina: “Quando algo termina, ele termina”

Simplesmente assim. Se algo acabou em nossas vidas é para a nossa evolução. Por isso, é melhor sair, ir em frente e se enriquecer com a experiência. Não é por acaso que estamos lendo este texto agora. Se ele vem à nossa vida hoje, é porque estamos preparados para entender que nenhum floco de neve caiu no lugar errado.

Compartilhe! Divulgue!


quinta-feira, 18 de abril de 2013

Meditação nas escolas


Meditação da Atenção Plena ou MINDFULNESS
Na Educação

Diversas investigações científicas assinalam como benefícios potenciais da prática da Meditação da Atenção Plena ou Mindfulness em crianças e adolescentes os seguintes:
·         Potencializa a memória.
·         Melhora a concentração.
·         Aumenta a capacidade de dar-se conta ou ser consciente.
·         Diminui a ansiedade.
·         Melhorar o autocontrole.
·         Potencializa a empatia e a compreensão ante os demais.
·         Desenvolve habilidades naturais de resolução de conflitos.
·         Melhora a saúde de forma.
Sonia Ap. F. Santos (Saleela Devi) cria oficinas de meditação vivencias, participativas e integrais segundo protocolo científico, com o principal objetivo de desenvolver a atenção plena e a concentração que se repercutem num melhor rendimento acadêmico, assim como reduz o stress e o nível de ansiedade dos alunos.
Todo indivíduo carrega dentro de si o conhecimento para manter – se são e feliz, adquirindo assim a capacidade de desfrutar com plenitude cada momento da vida; mas com o decorrer das experiências estas sementes ficam em estado latente no inconsciente.
A Meditação Mindfulness é muito mais que um conjunto de meras técnicas de relaxamento, antes de tudo é uma atitude perante as situações da vida. Esta técnica desenvolve uma forma de enfrentar a vida porque impulsiona estas sementes na forma de forças interiores dos alunos.
A finalidade de promover programas de Meditação Mindfulness nas escolas é fazer com que seus alunos desenvolvam e expanda a consciência, adquiram a calma necessária para conhecerem-se melhor, auto - regulem seus comportamentos tornem-se conscientes do momento presente, aprendam a estabelecer e alcançar seus objetivos com bem – estar. A Meditação potencializa nos alunos a permanência da Atenção Plena nos diferentes momentos e nas diferentes experiências, promovendo o seu desenvolvimento integral e incentivando o fim das atitudes automáticas.
Recomendamos que os educadores da escola também participem do programa de 8 semanas da Meditação Mindfulness, porque:
·         Desenvolver a consciência é fundamental para ensinar de forma eficaz;
·         Ajuda a equipe com seu próprio autocuidado;
·         Reduz os níveis de stress, ansiedade e depressão;
·         Aumenta os níveis de paciência, calma  e enfrentamento;
·         Cultiva a empatia e fortalece as relações professores x alunos x equipe multidisciplinar.
Se desejar levar o programa de 8 semanas para sua escola entre em contato com Sonia Ap F. Santos pelo tel. (11) 99463-5825



Padmasambhava era um renomado estudioso do Budismo, praticante, e mágico, e seu mantra sugere sua natureza rica e diversificada. Convertido ao Budismo fez sua peregrinação ao Tibet onde se tornou professor. Seu mantra é:

OM AH HUM Vajra Guru Padma Siddhi Hum

Om Ah Hum não têm significado conceitual.

Om - é o som primordial, considerado o som da respiração de Brahman – O Absoluto e é considerado pelo Vedanta o símbolo da própria realidade. É o Bija Mantra do Cakra Ajna e o som da iluminação.  

 Ah  - Em sânscrito significa – expressar, chamar pelo nome. Poderíamos dizer que é o chamado da Iluminação.  

Hum - É considerado como o som que representa a manifestação da Iluminação. Este bija está conectado com o som “AHAM” que significa “Eu”.  Muitas vezes, essas sílabas são associadas com o corpo, fala e mente, respectivamente (ou seja, o  todo do ser). Portanto, podemos considerar que ao pronunciar o Mantra : OM Ah Hum estamos saudando as qualidades do corpo/mente/coração de Padmasambhava que está dentro de todos nós.  

Vajra - Significa raio, e representa a energia da mente iluminada. Também pode significar diamante. A implicação é que o diamante / raio pode cortar qualquer coisa. O diamante é o objeto indestrutível, enquanto o raio é a força incomparável.  Vajra também significa compaixão. Embora possa parecer estranho ter um objeto masculino representando a compaixão, isso faz sentido no Budismo esotérico porque a compaixão é ativa, e, portanto, alinhada com este símbolo masculino. 

Guru - Significa um sábio ou mestre. Ele vem de uma raiz, garu, que significa "pesado." Portanto, um Professor de peso. Padmasambhava é considerado um dos cinco Budhas Dhyanis, os outros são Amitabha, Ratnasambhava, Akshobhya, Amogasiddhi.

Padma -  Significa lótus, a flor que nasce no lodo e não se conspurca com a sujeira, assim lembra a pureza da mente iluminada. Da mesma forma a mente iluminada é cercada pela ganância, ódio e ilusão de que são encontrados no mundo, e ainda permanece intocada por ela. O lótus, portanto, representa a sabedoria. 

Siddhi  - Significa realização ou poderes sobrenaturais, sugerindo a maneira pela qual aqueles que são iluminados podem agir com sabedoria, mas de maneira que não podemos necessariamente entender. Padmasambhava é uma figura mágica, e em sua biografia há muitos milagres e lutas com forças sobrenaturais.

Experimente fazer um Japamala (ou 108 vezes o Mantra) antes da sua pratica meditativa por 40 dias.


Mantra
Om Mani Padme Hum

Segundo os ensinamentos do Budismo Tibetano recitar o mantra Om Mani Padme Hum, principalmente se ao mesmo tempo se estiver pensando em seu significado, que é grande e vasto, pode ser extremamente benéfico.

A primeira sílaba OM é composta de três letras (A, U e M); que simbolizam o corpo do praticante impuro, a fala e mente, simboliza também o corpo, a fala e mente do corpo puro exaltado de um Budha.

Pode o corpo impuro ser purificado? Todos os Budhas foram seres como nós, passaram pelas mais diversas experiências, sofreram, mas na confiança do caminho se tornaram iluminados. A filosofia Budista não afirma que há alguém que desde o princípio esteja livre das faltas ou possui somente boas qualidades. O desenvolvimento do corpo, fala e mente puro vem através de um desenvolvimento gradual, na transformação do impuro em puro.

E qual é este caminho? O caminho é indicado pelas sílabas MANI, que significa jóia, representa: o método, a intenção altruísta de ser tornar um iluminado, compaixão e o amor. Uma jóia é capaz de remover a pobreza, uma mente altruísta que deseja a iluminação é também capaz de remover a pobreza, as dificuldades da existência cíclica e a solidão. Uma jóia preenche os desejos dos seres sencientes, então a intenção altruísta de se tronar um ser iluminado preenche os desejos dos seres sencientes.

PADME significa lótus que representa sabedoria. A flor de Lótus cresce na lama, mas suas pétalas não se conspurcam com a sujeira.  A sabedoria de compreender a impermanência, sabedoria de perceber que as pessoas são vazias auto-suficientes ou substancialmente existentes; sabedoria de perceber a vacuidade da dualidade e a sabedoria de perceber a vacuidade da existência inerente. Muito embora existam muitos tipos diferentes de sabedoria, acima de tudo o principal de tudo isso é o vazio sabedoria de perceber tudo isso.

HUM significa indivisibilidade, ou seja, a pureza que deve ser conquistada por uma unidade indivisível do método e da sabedoria. De acordo com os ensinamentos budistas esta indivisibilidade de método e sabedoria se refere à sabedoria afetada pelo método e ao método pela sabedoria. No mantra ou veículo tântrico esta indivisibilidade se refere a um estado de consciência na qual existe a forma completa de ambos, sabedoria e método, como uma entidade indiferenciável. HUM é também o Beeja mantra ou mantra semente do Dhyani Budha Akshobhya – O Imóvel, Aquele que não pode ser perturbado por nada.

OM MANI PADME HUM significa percorrer um caminho que é acima de tudo a união indivisível do método e da sabedoria, e é neste caminho que um ser impuro na fala, na mente e no corpo pode ser exaltado no corpo puro e na mente do Budha. Os ensinamentos dizem que não se deve procurar por Budha no mundo externo, as substancias para a realização da budeidade estão dentro.

Budha Maitreya ensina em seu Continuum Sublime do Grande Veículo (Uttaratantra) que todos os seres naturalmente possuem a natureza de Budha em seu próprio continuum. Todos nós carregamos por dentro a semente da pureza, todos nós! A essência do Tathagatagarbha está pronta para ser transformada e desenvolvida em estado de Budha, só depende de cada um de nós.


MANTRA

De acordo com Ramana Maharshi, a repetição de mantras (Japa) com atenção voltada para a origem do som, envolve a mente completamente. Este é Tapas (penitência). A fonte não está somente nas cordas vocais sozinho, mas também a ideia do som na mente, cuja fonte é o Eu. Assim, a prática da repetição mântrica é mais do que uma sugestão, um conselho ou uma idéia. É um meio de entrar em contato com o nosso ser mais intimo.

Os Mantram podem ser usados para o culto religioso, através do Japamala (repetição), para a cura, para ajudar na evolução espiritual, para a purificação, para fazer oferendas e em Mantra Yoga . Alguns mantras são apenas cânticos ou expressões de proximidade com o divino. Mas alguns santos que foram inspirados pelo amor divino e pela fé inabalável usaram esses mantras em sua prática espiritual e seus seguidores depois começaram a usá-los também, chamando-os Mahamantras ou mantras grandes.

Primeiramente, é a fé que cria o efeito dos mantras. Entonação, melodia, pronúncia, se em silêncio ou em voz alta, tudo é importante na recitação dos mantras. Além disso, o ciclo de batida em que mantras são recitados é importante, mas ele muda de acordo com o estado de consciência de quem está cantando. Um aumento na velocidade de canto aumenta a velocidade de batimento cardíaco, mente e respiração. O ciclo de batida dos mantras afeta as emoções.
A velocidade rápida, por vezes, cria uma vibração contínua e quando é feito em grupo cria um bom efeito, porque a mente funciona em sincronia com o ciclo de batida do coração e sem tem tempo para fantasiar. Entoar os Mantram de forma rápida, esgota o coração, mente e respiração e produz um longo relaxamento.

Retardar o ciclo de batida de mantras também cria a mesma vibração contínua, mas ela diminui a velocidade da mente, coração e respiração enquanto o entoar estiver acontecendo. Ele induz um estado hipnótico, mas é bom apenas quando o canto de mantras é feito de forma individual. Um ciclo de ritmo médio de velocidade é bom para a entoação em grupos. Não perturbar o padrão de batimentos cardíacos ou da respiração, torna a mente mais desperta, alerta e consciente.

O local de onde o som emana influencia a sua qualidade "tonal. Tons profundos são produzidos pelas cordas vocais em conjunto com a região abdominal, tons medianos em conjunto com as regiões do coração, peito e pescoço e os tons de alta freqüência, em conjunto com a região superior do corpo. Música clássica indiana usa todas as três regiões em uma ordem gradual, mas a região central é usada porque produz um maior impacto emocional sobre os ouvintes.

sábado, 13 de abril de 2013


Sabedoria da Visão Espiritual – Canto VII
Bhagavad Gita

Fala Krsna: Escuta agora, filho de Pritha, como, mantendo o pensamento amorosamente voltado para Mim, aplicando-te à Yoga e fazendo de Mim teu refúgio, chegarás sem dúvida a conhecer-me por completo.
2. Vou revelar-te sem reservas este conhecimento e o superconhecimento. Desde que os adquira, nada resta por aprender neste mundo.
3. Entre milhares de mortais, poucos se esforçam para atingir a perfeição, e entre os que conseguem atingi-la poucos são os que Me conhecem em essência.
4. Terra, água, fogo, ar, éter, pensamento, intelecto e consciência pessoal são os oito componentes que integram a Minha natureza material.
5. Esta é Minha natureza inferior. Conhece agora, ó tu de braço poderoso, Minha outra natureza, a superior, o elemento vital que mantém o Universo.
6. Sabe que esta (Minha dupla natureza) é a fecunda matriz de todos os seres. Sou o princípio do Mundo e Sou também seu fim.
7. Não há absolutamente nada superior a Mim, Dhananjaya. Todo Universo está preso a mim, como as pérolas de um colar estão presas ao fio que as mantém unidas.
8. Eu sou, filho de Kunti, o sabor da água, a luz do Sol e da Lua, das palavras sagradas Eu sou o pranava OM (=OM). O som no éter e a virilidade nos homens.
9. Sou puro perfume na terra, o brilho do fogo, a vida dos vivos, a santidade dos santos.
10. Sabe, filho de Pritha, que Sou a semente de toda a manifestação, sou a sabedoria dos sábios e o poder dos poderosos.
11. Sou a força dos fortes, livre de apego; Eu Sou o puro amor dos amantes, ó príncipe dos bharatas.
12. Entende que de Mim procedem todas as coisas - consciência, energia e matéria; Eu não estou nelas mas elas estão em Mim.
13. Iludido pelos três atributos da natureza (satwa, rajas e tamas), que se revelam em todas as coisas, não sabe que Eu estou acima delas e sou imperecível e imutável.
14. Difícil, ó príncipe, é romper o véu de ilusão que cerca a manifestação. Somente aquele que se aproximam de Mim superam a ilusão.
15. Os maus e os insensatos não Me procuram; seu entendimento foi arrebatado pela ilusão e eles participam da natureza demoníaca.
16. Quatro espécies de homens Me adoram, Arjuna: os aflitos, os que buscam a sabedoria, os que desejam riquezas e os sábios, ó príncipe dos bharatas.
17. Entre eles, o sábio, sempre consagrado à união mística e adorando o Uno, excede todos os demais; pois o sábio Me ama acima de todas as coisas e Eu o amo da mesma forma.
18. Todos eles são nobres, mas considero o sábio como a Mim mesmo, pois consagrado à união espiritual ele vem a Mim, meta suprema.
19. Ao fim de numerosos nascimentos, o homem dotado de sabedoria chega a Mim pensando: Vasudeva é o Todo. "Um homem com tão grande alma é difícil de encontrar".
20. Aqueles, cujo desejo foi arrebatado por um desejo qualquer, procuram outras divindades, adotando tal ou qual forma de culto, de acordo com a sua própria natureza.
21. Qualquer que seja a forma de divindade a que um devoto pretenda render culto com verdadeira fé, sou Eu realmente quem inspira essa fé inquebrantável.
22. Cheio dessa fé. o devoto procura agradar tal divindade, servindo-a com esmêro e dela consegue a satisfação dos seus desejos. Mas sou Eu que lhe ofereço tais bens.
23. No entanto, a recompensa obtida por esses homens de pequeno entendimento é limitada. Quem adora os deuses vai aos deuses; quem Me adora vem a Mim.
24. Os ignorantes, desconhecendo minha natureza de ser supremo e imperecível, pensam que Eu, imanifesto como sou, tenho uma forma visível e manifesta.
25. Oculto por Meu poder criador de ilusão, não me manifesto a todos, e por isso o mundo, vítima do engano, Me desconhece. Eu que não estou sujeito ao nascimento nem à morte.
26. Eu conheço todos os seres, passados, presentes e futuros, Arjuna, mas nenhum deles Me conhece.
27. Pela ilusão dos "pares contrários", originada da atração e repulsão, ó descendente de Bharata, toda criatura, ao nascer, é conduzida ao engano, ó terror de teus inimigos.
28. Mas aqueles homens de atos virtuosos, cujos pecados chegaram ao fim, libertam-se da ilusão dos pares contrários e Me adoram com vontade perseverante.
29. Aqueles que se refugiam em Mim, esforçando-se para livra-se da velhice e da morte, conhecem
Brahma, o espírito supremo e a ação em sua integridade.
30. E aqueles que, com o pensamento concentrado, Me conhecem como Ser Supremo, Suprema Divindade e Supremo Sacrifício, também Me conhecem verdadeiramente na hora da morte.

Suporte para Iniciantes na Meditação

Se você for um iniciante nas práticas meditativas e desejar orientações de forma a incorporar a meditação na sua rotina diária de modo correto a fim de sentir os profundos benefícios que a prática provoca, estou abrindo horários na agenda para oferecer recomendações objetivas e necessárias, para proporcionar uma prática efetiva seja qual for a técnica escolhida.

Atendo com hora marcada. Para maiores informações ligue para (11) 99463-5825 ou por e-mail: saleela.devi@gmail.com
Budismo Humanista

Não há melhor fonte de sabedoria do que o Buda, e não existe melhor exemplo de como viver do que a vida dele. O Buda Shakyamuni passou 45 anos ensinando o Darma – não se escondeu do mundo nem guardou o conhecimento para si; viveu neste mundo e nele ensinou. Foi incansável em seus esforços para ajudar os outros. Uma das mais importantes práticas budistas é contemplar a vida do Buda e a compaixão que o inspirou a doar tanto de si.
O Budismo Humanista é baseado no exemplo de vida do Buda, assim como no conteúdo de seus ensinamentos. Praticamos o Budismo Humanista e nossos templos o ensinam, incentivando sua prática, porque ele é um caminho para seguir o exemplo compassivo do Buda.
 Uma Perspectiva Budista para a Vida
Alguns dos conceitos fundamentais do budismo, como vazio [shunyata], impermanência [anitya] e altruísmo, podem provocar reações negativas se forem erroneamente interpretados como algum tipo de niilismo ou um convite para se afastar do mundo. O Budismo Humanista, porém, afirma que nada poderia estar mais longe da verdade. O Buda não passou 45 anos ensinando o Darma para que seus seguidores se afastassem do mundo e da vida. Quando ideias como vazio e impermanência são adequadamente compreendidas, elas servem como ferramentas para uma compreensão ainda maior e são auxiliares na compaixão.
O Budismo Humanista não é um novo tipo de budismo, mas apenas um nome utilizado para ressaltar as lições essenciais do Buda: a sabedoria e a compaixão. Esses ensinamentos remetem-nos, invariavelmente, à vida dos outros seres sencientes. Não compreender a unidade entre natureza humana e natureza búdica é não compreender os ensinamentos do Buda.
O Budismo Humanista incentiva-nos a participar do mundo e a ser uma fonte de energia benéfica aos outros. Nossa iluminação depende dos outros assim como a deles dependem de nós. Mestre Taixu disse que existe uma única forma de nos tornarmos Budas: realizar nossa natureza humana. O grande mestre chan Huineng disse: “O budismo deve ser praticado neste mundo, e não em algum outro. Procurar a iluminação em outro lugar é tão fútil quanto procurar um coelho com chifres”.
Quando o Buda alcançou a iluminação sob a Árvore Bodhi, ele disse: “Todos os seres sencientes têm natureza búdica”. A unidade e a unicidade de todas as formas de vida nos inspiram a nos envolver com a vida. Todos devem reconhecer que são necessários. Servindo ao próximo, servimos a nós mesmos. Reconhecendo o Buda nos outros, aprendemos a encontrá-lo em nós.
 As Seis Paramitas
Muito poderíamos dizer sobre o Budismo Humanista, mas provavelmente é melhor ater a discussão às principais virtudes do caminho do bodisatva – as Seis Paramitas. Elas são o guia perfeito para o Budismo Humanista, assim como para a prática de qualquer escola budista, pois nos ensinam como exercer a nossa condição humana por meio da descoberta do Buda interior.
Descobrir a verdade pelo equilíbrio entre pensamento e ação, sabedoria e compaixão, consciência da realidade transcendente e das verdades relativas do universo dos fenômenos – eis o que nos ensinam as Seis Paramitas, que são:
1. generosidade (dana);
2. moralidade (shila);
3. paciência (kshanti);
4. diligência (virya);
5. concentração (samadhi);
6. sabedoria (prajña).
Paramita é palavra sânscrita que significa literalmente “atravessar para a outra margem”. Seu significado profundo é completude, realização, transcendência, chegada à verdade, perfeição. Às vezes, são chamadas de “as seis perfeições”. Elas são as virtudes profundas que levam à iluminação; a unidade entre sabedoria e compaixão como é esta unidade manifestada e concretizada neste mundo. Elas fundem a consciência e o comportamento, unem o estar cônscio e a virtude, constituem o caminho do meio entre o nirvana e o mundo dos fenômenos. São o fio da navalha entre este mundo e tudo o que o transcende. A seguir, cada uma das paramitas são expostas.
Generosidade
Generosidade é um conceito profundo no budismo. Uma vez que toda vida senciente é inter-relacionada e que não podemos nos iluminar sem conhecer esse fato, a conclusão é uma só: precisamos estabelecer boas relações com os outros por meio da generosidade, ou seja, dando algo de nós aos demais.
Existem muitos tipos de generosidade. Ela pode envolver objetos materiais, cuidados afetivos ou compartilhamento intelectual. Ensinar alguém a fazer alguma coisa é um ato de generosidade, tanto quanto evitar que alguém pratique um ato prejudicial. O Buda disse que a generosidade ajuda os outros a perderem o medo. A mais elevada forma de generosidade é compartilhar o Darma, pois somente ele mostra como ajudar a si próprio.
Todos os puros atos de generosidade são atos de sabedoria. É neles que reside a perfeita compreensão de que “eu” e “ outros” são elementos interdependentes e que um não pode evoluir sem o outro. A generosidade combate o isolamento; nos ensina a encontrar os níveis profundos da mente, nos quais estamos interconectados com tudo o que há no universo. Além disso, a generosidade ensina a desenvolver o desapego e a utilizar nosso tempo e nossa energia em favor do bem-estar dos demais.
Moralidade
A prática do Budismo Humanista implica manter sempre vivo em nossa mente o exemplo moral da vida do Buda. Nossa vida deve se tornar um exemplo moral digno de ser seguido pelos outros.
Um bodisatva deve liderar pelo exemplo. Se ele observar os preceitos do budismo, inspirará confiança, e os outros desejarão ouvi-lo. Seu comportamento lhes mostrará que ele compreende que a sabedoria deve ser vivida e experimentada antes que possa ser consumada. O que se ilumina não é uma ideia, mas um ser humano, a pessoa que tenha aprendido a viver as verdades da mansidão, da compaixão, da equanimidade e da generosidade. O Buda foi um ser humano que empreendeu o trabalho necessário para se tornar um Buda. A moralidade foi o meio que ele utilizou para isso.
Paciência
A paciência já foi extensamente examinada. Complementaremos apenas dizendo que ela é uma cura importante da raiva. Sempre que sentirmos raiva, devemos esperar: se esperarmos o suficiente, ela se desvanecerá. Se encontrarmos um exemplo de que isso foi verdade em nosso passado, concluiremos que continua sendo verdade agora.
Na próxima vez que sentir a raiva tomando vulto em sua mente, espere. Ela vai passar. A raiva é uma forma de ilusão. A paciência é uma forma da verdade.
Diligência
Este tema também já foi discutido anteriormente. Ele é importante no caminho do bodisatva por que a virtude da diligência nos faz perseverar e agir com base no que sabemos ser correto.
Voltada para dentro, a diligência é como uma forma ativa de introspecção; voltada para fora, é prova do nosso compromisso com o bem. Se houver esforço, melhorarmos é uma consequência natural. Se aprendermos de fato, nossas lições serão sempre novas, pois não precisaremos repetir o que já foi aprendido.
A diligência ajuda a concentrar as energias, por que evita que nos sintamos satisfeitos com pequenos ganhos e conquistas já feitas.
Concentração
Em sânscrito, a palavra para concentração é samádi. A paramita da concentração pode ser também chamada “paramitado samádi” ou “da meditação”.
A meditação é um estado de concentração profunda. Os estados de samádi são geralmente aprendidos durante a meditação sentada, mas não se deve pensar que estejam acessíveis apenas à pessoa sentada com as pernas cruzadas na posição de lótus. Conforme progredirmos no budismo, aprendemos a alcançar estados de samádi em outras situações – sentados, caminhando, trabalhando ou fazendo qualquer coisa em que se possa estar atento.
Esses estados são muito importantes, por que é através deles que ganhamos acesso a níveis superiores de consciência e sabedoria. A concentração leva à pureza porque ela é focalizada, unificada e está além das distrações.
Sabedoria
A sabedoria é a principal virtude budista, pois só ela nos diz como e quando agir. Sem sabedoria, corremos o risco de utilizar mal as outras cinco paramitas: distorcer a generosidade para fins escusos, tornar rígida e cruel a moralidade, confundir paciência com acomodação, usar a diligência para aprender habilidades prejudiciais como se fossem benéficas.
Só a sabedoria tem o poder de discernir entre o bem e o mal. Só ela nos pode levar a fazer o que é certo no momento certo. A sabedoria profunda compreende que as outras cinco paramitas são apenas aspectos dela mesma. A sabedoria que não é utilizada no serviço ao próximo nunca será profunda, não passando então de mera ideia de sabedoria.
Significados Profundos
As Seis Paramitas são as guias no caminho do bodisatva e definem o Budismo Humanista. O budismo é uma religião para as pessoas. O cerne do budismo é a mente humana. Todos os Budas foram seres humanos antes de se tornarem Budas. Assim, ensinamos o Budismo Humanista por acreditar que ele é a melhor forma de ministrar e compreender o budismo.
A riqueza do budismo reside no fato de ele se fundamentar na verdade e na capacidade de refleti-la por vários ângulos. O Buda disse que existem oitenta e quatro mil tipos de ilusão e que a verdade pode ser vislumbrada a partir de cada um deles.
As exposições deste livro apresentam as mais básicas verdades ensinadas pelo Buda Shakyamuni – verdades que não têm sentido se alienadas da vida, pois dizem respeito unicamente à vida e, portanto, são inúteis se não forem praticadas e vividas.
Por ser tão prático e útil, o budismo é às vezes considerado uma filosofia. Por outro lado, há quem o tome como a mais mística das religiões, porque suas verdades precisam ser experimentadas. Seja ele classificado como filosofia, seja como religião, o que importa é que as verdades ensinadas pelo Buda devem ser aplicadas à vida.
Se o Darma for praticado e cuidadosamente contemplado, ele guiará você ao seu despertar.

Capítulo 15 do livro Budismo Significados Profundos, Venerável Mestre Hsing Yün,
Escrituras Editora, 2ª edição revisada e ampliada, São Paulo, dezembro de 2011.
Templo Zu Lai