terça-feira, 3 de junho de 2014

Psicologia Contemplativa

Psicologia Contemplativa
Você sabe o que é?
O Budismo é um caminho de libertação. Para o Budismo é uma filosofia da mente que tem entre outras premissas a paz mundial e a paz no coração e na mente de todos os seres sencientes, e o mais importante é que esta paz é única em todos os seus aspectos. Por isso podemos levar os profundos ensinamentos budistas tanto nas empresas, comunidades, consultórios como uma forma filosófica de intervenção.

Se quisermos uma vida mais feliz, criativa e construtiva é fundamental nos engajarmos numa forma mais compassiva de olhar os outros e a própria sociedade. Nada muda se você não mudar e não a vantagens nenhuma em mantermos comportamentos, hábitos e pensamentos arraigados. É comum observarmos as ilusões criadas pelo ser humano que o levam a viver uma vida opressiva e triste, procurando inúmeras desculpas para seus atos que atingem inclusive seu relacionamento pessoal. Não é mais possível desejar a mudança visando ganhos pessoais, precisamos encarar a necessidade contínua de mudança por nós mesmos como para o mundo.

A grande maioria das pessoas vive no piloto automático, num certo grau de transe (Samjna), ou ilusão (Maya), mantendo a mente focada em um passado que já não existe mais perdendo o momento presente.  Não nos damos conta que tudo com que nos relacionamos condicionam o nosso momento presente, provocando fortes reações (Vedana) que geram conseqüências tanto em nossas vidas como na de outros. Este impacto pode ser positivo ou negativo, mas como é normalmente inconsciente, não prestamos atenção a isto a não ser que o estrago seja grande demais se transformando num problema. Por isso para o Budismo o “eu” é uma função da forma como nos relacionamos com todas as coisas, situações e pessoas em nosso mundo pessoal.

A Psicologia Contemplativa considera este comportamento compulsivo como uma estrutura de autodefesa e que precisa da coragem do guerreiro para ser transformada. Mas o que normalmente fazemos é reforçar, com livros de auto ajuda, percepções errôneas, medo e culpa, crenças e hábitos arraigados e outras armadilhas que tem como proposta aumentar a auto – estima.
A Psicologia Contemplativa busca libertar o ser através da expansão da consciência, do envolvimento com a realidade de forma compassiva, amorosa e presente. Uma vez que o individuo transcende e inclui seus níveis de consciência, muda a forma de encarar a realidade de forma amável, ele muda e todo o seu mundo também se transforma. Ele se torna um agente de transformação. O objetivo da Psicologia Contemplativa não é ensinar a acumular pensamentos positivos e sentimentos agradáveis, mas e acima de tudo ensinar o indivíduo a viver sua vida profissional e pessoal mais criativa, saudável e amorosa.

Um conceito pouco compreendido da Psicologia Contemplativa é o do Karma (ação e reação), ou seja, a vida que você vive, goste dela ou não, foi criada por você mesmo através das suas ações (conscientes ou inconscientes). Reagir automaticamente aos sentimentos é a mesma coisa que dar o próprio carro para um estranho sem carteira de motorista dirigir. Se quisermos viver uma vida saudável e feliz, precisamos aprender em primeiro lugar a não reagir automaticamente e depois a só fazer coisas que sejam boas para todo o mundo. Para isso precisamos ter uma mente calma e tranqüila, focada no momento presente, plenamente consciente, e a Psicologia Contemplativa tem uma série de métodos para isso como a prática da meditação Mindfulness (Shamatha), por exemplo, que ajuda a manter a atenção plena mesmo que em meio às confusões da vida cotidiana.

Ensina o Mestre Indiano Dharmakirti  “Podemos conquistar este estado mental, não só com a prática diária da meditação, mas também com o acompanhamento psicoterapêutico com base nos ensinamentos budistas. Isto de fato é necessário porque o ser humano tem uma forte convicção de que tem um Self permanente e separado ou autônomo, que não pode ser desconectado da mente e do corpo e que não é afetado pelo fluxo e contingências da vida. Esta forte convicção pode a princípio até produzir uma sensação de segurança, de individualidade e de permanência, pode até ter uma compreensão da impermanência das coisas materiais, mas o sofrimento calado na alma é fruto de sua alienação, desencanto e tédio. Por vários momentos o indivíduo se sente cortado da vida que contínua fluindo, sente-se à deriva em um mundo auto-referente da própria imaginação”. Para Dharmakirti, no entanto, “o ponto é não pensar na ausência ou no vazio de um ego tão desconectado, mas para encontrar o mundo fenomenal em toda a sua vitalidade e rapidez, uma vez que tenha tal concepção de Self começa a desaparecer”. (Stephen Bachelor, escrevendo em Confissões de um Ateu Budista, publicado por Spiegel & Grau, 2010 p 34).



Aconselhamento
Psicologia Contemplativa

Difícil conhecer alguém que não tenha dificuldades em expressar seus sentimentos. Que é tomado por emoções desagradáveis ou indesejáveis. Que tem a mente dominada pelos pensamentos ruminantes e Idéias fixas, criando estórias ou ilusões. Ou que passa o dia como um soldado lutando com as diferentes questões da vida. Muitas vezes as questões de perdas materiais ou o difícil momento do luto torna a vida mais pesada e angustiante. Estes e tantas outras aflições são até consideradas normais, mas não são. Não precisa ser assim.

As sessões de Psicoterapia contemplativa duram 50 minutos. A primeira consulta dura em média uma hora e meia. Entre em contato para saber o valor da consulta. Se você se interessou em buscar um novo olhar no trabalho terapêutico, entre em contato e agende uma consulta. Nosso trabalho segue a ética budista e nossa experiência está dentro de uma gama de diferentes contextos terapêuticos.

Não precisa ser budista. Toda forma de crença espiritual ou religiosa é profundamente respeitada. O Budismo tem um modelo altamente estruturado de estudos sobre a mente, muitas pesquisas científicas estão sendo realizadas, em várias áreas, confirmando os ensinamentos budistas e os benefícios da meditação, por isso tem muito a contribuir para a melhora das relações humanas.


Contato – Sonia Ap. F. Santos (Saleela Devi) E-mail: saleela.devi@gmail.com

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